O oitavo alvo da Operação Turn Off é o empresário Lucas Coutinho, irmão e sócio de Sergio Duarte Coutinho Júnior em empresa que presta serviços de saúde para o governo de Mato Grosso do Sul. Lucas não foi encontrado pelas autoridade, enquanto Sérgio foi preso e está no presídio militar. Lucas e Sérgio são primos de outro alvo da operação, que foi preso nesta quarta-feira: Victor Leite de Andrade.

Além dos irmãos, foram alvos da operação – e estão presos -: o secretário-adjunto de Educação, Edio Antônio Rezende de Castro, e uma das pregoeiras que atua em licitações na SAD-MS (Secretaria de Estado de Administração), Simone de Oliveira Ramires Castro.

Os outros cinco presos na operação, a maioria servidores públicos, são Thiago Haruo Mishima, Andrea Cristina Souza Lima, Paulo Henrique Muleta Andrade [da Apae].

O adjunto da Casa Civil, Flávio da Costa Britto Neto, foi alvo de busca e apreensão.

Fraudes ultrapassam R$ 68 milhões em contratos públicos

Contratos com secretarias e até para aquisição de materiais hospitalares da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) são investigados.

Conforme divulgado em nota, a operação realizada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em apoio às 29ª e 31ª Promotorias de Justiça de Campo Grande, cumpriu 8 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão.

As cidades onde foram cumpridos os mandados foram Campo Grande, MaracajuItaporã, Rochedo e Corguinho. Foi identificada pela investigação a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações e contratos públicos e lavagem de dinheiro.

Fraudes na aquisição de materiais

Valor apreendido (Divulgação, MPMS)

Ainda segundo a investigação, o grupo criminoso fraudava licitações públicas para compra de aparelhos de ar-condicionado para a SED (Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul), também a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul).

Também foi fraudada licitação para aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Campo Grande, além de outros. Os crimes foram cometidos com pagamento de propina a vários agentes públicos.

Os contratos já identificados e objetos da investigação ultrapassam R$ 68 milhões.