Parada há 9 anos, conclusão da UFN3 é anunciada no Novo PAC em Mato Grosso do Sul

A construção da UFN3 em Três Lagoas teve início em 2011 e a obra foi paralisada em dezembro de 2014, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela obra

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UFN-III fica em Três Lagoas
UFN-III fica em Três Lagoas

Com as obras paradas desde 2014, a UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III), em Três Lagoas, foi inclusa no Novo PAC, anunciado nesta sexta-feira (11) pelo Governo Federal, em evento no Rio de Janeiro com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Eduardo Riedel (PSDB).

O local está com 80% das obras concluídas e quase foi vendido pela Petrobras, que pode tocar a conclusão da obra com o Novo PAC. Quando Lula assumiu o governo, foi suspensa a ordem de venda da fábrica.

A UFN3 e o contorno rodoviário de Três Lagoas são duas importantes obras anunciadas pelo PAC na cidade de origem da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB). A expectativa era que a unidade produzisse 3,6 mil toneladas de ureia e 2,2 mil toneladas de amônia por dia.

A construção da UFN3 em Três Lagoas teve início em 2011 e a obra foi paralisada em dezembro de 2014, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela obra. A estatal colocou a UFN3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no segmento de fertilizantes.

Em 2022, o grupo russo Acron manifestou interesse na compra da fábrica. Negociações foram iniciadas, mas restaram fracassadas no final de abril porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador queria rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes, condição que não teve aprovação do Governo do Estado.

Total de R$ 44,7 bilhões

Ao todo, são R$ 44,7 bilhões para obras como a construção do contorno de Três Lagoas, adequação da BR-267 e alça de acesso à ponte do Rio Paraguai, conclusão do Aeroporto de Dourados e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

O valor foi distribuído em 9 eixos temáticos:

  • R$ 15,7 bilhões para Transição e Segurança Energética
  • R$ 15,4 bilhões para Transporte Eficiente e Sustentável
  • R$ 4,5 bilhões para Educação, Ciência e Tecnologia
  • R$ 3,5 bilhões para Inovação para a Indústria da Defesa
  • R$ 2,8 bilhões para Inclusão Digital e Conectividade
  • R$ 1,8 bilhão para Cidades Sustentáveis
  • R$ 500 milhões para a Saúde
  • R$ 300 milhões para Infraestrutura Social e Inclusiva
  • R$ 200 milhões para o Água para Todos

Investimentos

O governo federal precisará investir quase R$ 44 bilhões só para terminar os empreendimentos dos pacotes passados. Considera o orçamento total de R$ 57,40 bilhões do conjunto de obras que ficaram dos outros 2 programas – cerca de R$ 13,5 bilhões foram executados.

Os dados são do TCU (Tribunal de Contas da União), que indica também que 30% de todas as obras federais no país hoje estavam nos PACs anteriores.

O novo pacote deve estipular R$ 240 bilhões em investimentos em obras públicas até 2026. É o equivalente a cerca de R$ 60 bilhões por ano. O novo PAC também cita financiamento de bancos públicos para concessões e PPPs (parcerias público-privadas), além de investimentos de estatais, sobretudo da Petrobras. A ideia é alavancar os recursos com esse tipo de parceria. Com esse extra, a expectativa do governo é atingir a cifra de R$ 1,3 trilhão até 2026.

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