Esquema de corrupção na Câmara envolvia ex-prefeito e vereadores de Ribas do Rio Pardo

Mais de R$ 88 mil foram apreendidos na casa de um dos vereadores investigados

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Mais de R$ 88 mil foram apreendidos (Divulgação, Gaeco)

A Operação Tangentopoli, deflagrada nesta quarta-feira (16) em Ribas do Rio Pardo e Campo Grande, cumpre 8 mandados de busca e apreensão. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) apura esquema de propina e corrupção envolvendo vereadores e o ex-prefeito da cidade no interior.

As investigações revelaram a existência da organização criminosa formada por vereadores de Ribas do Rio Pardo e também pessoas ligadas aos parlamentares. O objetivo era o cometimento de crimes de corrupção.

Assim, os vereadores exigiam propinas para montarem uma base partidária, aprovando projetos de interesse do então prefeito municipal, na Câmara. Conforme apurado pelo Midiamax, o alvo da operação é o ex-prefeito José Domingues Ramos, o Zé Cabelo (PSDB).

Gaeco na Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo (Leitor Midiamax)

Também há equipes cumprindo mandados na Câmara, além das casas do vereador Anderson Arry (PSDB) e do ex-presidente da Casa de Leis, Tiago Gomes de Oliveira, o Tiago do Zico.

Ainda conforme o Gaeco, o grupo também votava pelo arquivamento de comissões parlamentares instaladas para apuração de eventuais crimes de responsabilidade. Crimes eleitorais também foram identificados e são apurados.

Nesta quarta-feira, mais de R$ 88 mil foram encontrados e apreendidos na casa de um dos vereadores investigados.

O nome da operação faz alusão ao escândalo de corrupções em Milão, na Itália, que ganhou denominação na mídia de tangentopoli (cidade das propinas), que é a combinação da palavra “tangente” (propina) e “poli” (cidade).

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