Defesa nega que servidor da Abin esteja envolvido em arapongagem clandestina

Investigação apura rede de espionagem clandestina durante mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro

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Fachada da Abin. (Reprodução, X)

A defesa de servidor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), filho de médico que atua em Campo Grande, nega que o funcionário público esteja envolvido em arapongagem clandestina.

O caso faz parte de investigação obre uma rede de espionagem clandestina que envolveu servidores da Abin durante o mandato de Jair Messias Bolsonaro (PL).

Confira a nota da defesa na íntegra

A defesa do servidor da Abin entrou em contato com a reportagem do Jornal Midiamax. Confira a nota na íntegra:

“1 – Ele não trabalha na ABIN;

2 – Ele nunca ocupou qualquer cargo de alto escalão na ABIN, mas tão somente cargos baixos e técnicos de suporte em tecnologia da informação – e não cargos de “espionagem”, como a reportagem faz crer. Nunca ocupou, portanto, gerência, diretoria ou posições altas de comando;

3 – O pai dele nunca foi investigado, nunca respondeu a nenhum tipo de processo e sua empresa nunca foi investigada ou acusada por qualquer tipo de ato ilícito ou imoral. Em hipótese alguma, por nenhum tipo de “arapongagem ilegal”. Esta acusação, além de falsa e leviana, não foi acompanhada de qualquer embasamento, e configura ofensa à honra e à integridade dele e de seu pai;

4 – Não existe e nunca existiu qualquer investigação que aponte-o como integrante do grupo que “cometia ilegalidades” e que “investigava políticos, jornalistas, magistrados e até membros do STF”. Ao contrário, participou de espécie de sindicância no âmbito da ABIN, a qual concluiu que o mesmo não possui e nunca possuiu qualquer envolvimento com estas atividades. Por isso e por várias outras razões é que ele não consta em nenhuma lista de envolvidos;

5 – A empresa, repita-se, não está e nunca esteve sob suspeita qualquer, e ele (funcionário da Abin) sequer figura como sócio da mesma. Ainda que figurasse, consoante exposto em resposta da própria ABIN, em procedimento interno, e em atenção à legislação, ele poderia sim ser sócio de empresas, contanto que não fosse sócio administrador. Ressalta-se que o mesmo nunca desenvolveu qualquer atividade de direção ou comando da empresa, o que sempre ficou a cargo de seu pai, apenas apoiando e tomando decisões técnicas, em horários e de forma que não convergisse com as atividades que desenvolvia na ABIN;

6 – Ele nunca utilizou e nunca teve acesso ao software First Mile, o que já foi e pode ser novamente confirmado pela ABIN. Ainda, nunca “espionou” nenhum indivíduo, não sendo esta sua atribuição. Ele foi apenas consultor técnico, realizando serviços de suporte tecnológico e não de coleta de informação;

7 – Ele está de licença não remunerada desde fevereiro e não possui qualquer relação com os envolvidos em supostas atividades ilegais, nunca tendo respondido nenhum processo administrativo ou judicial.”

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