Os trabalhos da Comissão Processante que investigavam a postura do subcomandante da guarda municipal denunciado no final de outubro de 2022 por assédio sexual contra alunas durante o curso de formação dos agentes, em Campo Grande, foram suspensos. A publicação consta no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) desta sexta-feira (31).

Afastado de suas funções desde novembro de 2022, a investigação contra o guarda foi suspensa porque os integrantes da Comissão estão de férias. Assim, a portaria suspende por prazo indeterminado a contar de 3 de fevereiro de 2023 os trabalhos.

De acordo com a publicação, “em razão das férias laborais dos integrantes da Comissão Processante coincidirem com os meses de fevereiro, março e abril de 2023”. Assina a portaria Anderson Gonzaga da Silva Assis, Secretário Especial de Segurança e Defesa Social.

O ex-subcomandante teve a arma recolhida com a instauração de um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar). O servidor estava ministrando aulas no curso de formação quando foi acusado de assédio.

Já sobre os outros dois agentes denunciados também foi apurado pela reportagem que a investigação ainda está em curso.

Assédio

Segundo a denúncia, os instrutores davam carona para as vítimas. O caso foi relatado por um vereador na tribuna da Câmara Municipal. O parlamentar Marcos Tabosa afirmou que as alunas tinham de ‘ficar’ com os instrutores em troca de notas.

Na época da denúncia, a Sesdes informou que um procedimento já havia sido instaurado para investigar a conduta dos agentes. Durante o procedimento, a Corregedoria concluiu que houve conduta inapropriada dos guardas. 

A nota ainda trazia que a secretaria “não coaduna com condutas de assédio morais ou sexuais de seu servidores, em especial daqueles designados para curso de formação”.