Com coordenador da APAE, sete alvos da Operação Turn Off já receberam liberdade

Paulo Henrique Muleta Andrade teve pedido de habeas corpus deferido

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
investigado apae coodenador
Coordenador do Centro de Reabilitação foi preso na operação Turn Off (Foto: Divulgação, Apae)

O coordenador da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande), Paulo Henrique Muleta Andrade, teve o pedido de habeas corpus deferido e será solto após prisão na Operação Turn Off. Com ele, sete alvos da investigação contra fraude em licitações já receberam liberdade.

A decisão do desembargador Emerson Cafure foi publicada por volta das 14h30 desta segunda-feira (4). O mesmo desembargador já havia concedido liberdade para seis alvos na sexta-feira (1).

A advogada de defesa de Paulo, Rejane Alves De Arruda, disse que ele ainda aguarda os próximos passos da soltura. “Então, estamos esperando, o alvará de soltura já foi comunicado para a sessão de alvarás A gente está esperando só o recambiamento dele até o setor que faz a colocação da tornozeleira”, explicou.

Quem segue presa é ex-servidora da SAD (Secretaria de Estado de Administração) Simone de Oliveira Ramires Castro. Ela foi alvo da Operação Turn Off, realizada na última quarta-feira (29).

Conforme o advogado Alexandre Franzoloso, é aguardada apreciação do pedido de habeas corpus pelo desembargador. Até o momento, Simone continua detida no Presídio Feminino de Campo GrandeNo dia 30 ela foi exonerada do cargo.

Operação Turn Off

Após pedidos de habeas corpus, foram liberados o ex-secretário adjunto da SED (Secretaria Estadual de Educação) Edio Antônio Resende de Castro, Thiago Haruo Mishima ex-assessor o deputado federal Geraldo Resende (PSDB). Também foram soltos os irmãos Lucas Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Junior, além de Andrea Cristina Souza Lima, ex-servidora da Secretaria de Educação.

O advogado Alexandre Franzoloso, informou que dará entrada na próxima segunda, com o pedido de liberdade para, Simone de Oliveira Ramires Castro, pregoeira que atuava em licitações na SAD-MS (Secretaria de Estado de Administração).

Ao todo, foram oito mandados de prisão preventiva cumpridos, sendo sete no período da manhã e o último, de Lucas Coutinho, já no período da tarde da quarta-feira (29). Além dos irmãos Sérgio Duarte Coutinho Junior e Lucas de Andrade Coutinho, o primo Victor Leite de Andrade também foi preso.

Ainda foram alvos da operação e estão presos o ex- secretário adjunto de Educação, Édio Antônio Rezende de Castro Bloch, e uma das pregoeiras que atua em licitações na SAD-MS (Secretaria de Estado de Administração), Simone de Oliveira Ramires Castro.

Os outros três presos na operação são servidores públicos. São Thiago Haruo Mishima, que atualmente atua como assessor do deputado federal Geraldo Resende (PSDB), mas que por anos foi servidor da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Andrea Cristina Souza Lima, e Paulo Henrique Muleta Andrade (da Apae). O adjunto da Casa Civil, Flávio da Costa Britto Neto, foi alvo de busca e apreensão.

Fraudes ultrapassam R$ 68 milhões em contratos públicos

Conforme divulgado em nota, a operação realizada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em apoio às 29ª e 31ª Promotorias de Justiça de Campo Grande, cumpriu 8 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão.

As cidades onde foram cumpridos os mandados foram Campo Grande, MaracajuItaporã, Rochedo e Corguinho. Foi identificada pela investigação a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações e contratos públicos e lavagem de dinheiro.

Ainda segundo a investigação, o grupo criminoso fraudava licitações públicas para compra de aparelhos de ar-condicionado para a SED, também a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela SES.

Também foi fraudada licitação para aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Apae de Campo Grande, além de outros. Os crimes foram cometidos com pagamento de propina a vários agentes públicos. Os contratos já identificados e objetos da investigação ultrapassam R$ 68 milhões.

Conteúdos relacionados

indiciados pf
Justiça Federal já liberou link para consulta a data de saque dos RPVs. (Arquivo)