Cafezais, Parati, Tiradentes e São Francisco: Campo Grande não tirou 4 terminais do papel
Terminais constam no PAC Mobilidade desde 2012 e não foram construídos
Evelin Cáceres –
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Campo Grande tinha a previsão de ter mais quatro terminais com recursos garantidos desde o PAC (Projeto de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Urbana, que foi aprovado para a Capital. No entanto, o projeto não foi tirado do papel pela gestão do ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD).
Os quatro terminais – Cafezais, Tiradentes, Parati e São Francisco – estavam no PPA (Plano Plurianual) 2014/2017 de Campo Grande, com previsão de entrega em 2015. O projeto entrou novamente no PPA com previsão de entrega até 2021, mas não foi licitado.
“Quando não é executado, é porque ou não teve planejamento, ou a administração não entendeu como prioridade. Quem teria que aumentar a estrutura para atender a esses terminais com linhas de ônibus? Então não deve ter sido prioridade”, disse um parlamentar ao Jornal Midiamax.
Prontos, os terminais ampliariam a estrutura do transporte coletivo para receber mais de 86 mil passageiros por dia. O Terminal Cafezais seria construído no canteiro central da avenida Gury Marques para atender, em média, 17 mil passageiros por dia.
O Terminal Tiradentes estava projetado para a avenida Ministro João Arinos, esquina com a rua Cacildo Arantes, para receber 23 mil usuários diariamente.
O terceiro terminal previsto no projeto da Mobilidade Urbana, projetado para o Bairro Parati, seria construído na rua Inúbia Paulista (atual Rio Orange) com a rua da Divisão, para receber em média 16 mil usuários diariamente. Já para atender a região Noroeste da cidade seria construído o terminal São Francisco, na avenida Tamandaré com a avenida Dom Aquino Barbosa, atendendo diariamente 20 mil usuários.
Reformas paradas
Também estavam previstas as reformas dos terminais Bandeirantes, Guaicurus, Júlio de Castilho, Aero Rancho, Nova Bahia, General Osório e Moreninhas. No entanto, as obras foram paradas no segundo semestre de 2021.
À época, o diretor da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Janine de Lima Bruno, disse que a empresa Trevo Engenharia alegou que os materiais de construção haviam ficado mais caros devido à pandemia e não teria condições de continuar com a reforma pelo preço acordado, que foi de R$ 2.704.201,20 mais um aditivo R$ 633.452,01, totalizando R$ 3.337.653,21.
“Estamos terminando de reajustar os preços para relicitar”, pontuou Janine. O contrato celebrado em outubro de 2019 previa a reforma dos terminais Aero Rancho, Nova Bahia, Morenão, General Osório, Moreninhas e do ponto de integração Hércules Maymone.
O prazo para entrega do serviço seria 27 de agosto de 2021, um dia depois do aniversário de 122 anos de Campo Grande.
Edital previa wi-fi e portões
A Prefeitura de Campo Grande abriu licitações desde 2019 para iniciar os terminais de transbordo. No começo do ano passado, o município anunciou o começo da obra nos terminas Júlio de Castilho, Bandeirantes e Guaicurus, que já foram concluídas.
A reforma nas plataformas teria investimento de R$ 5,5 milhões e com postos da Guarda Municipal, tomadas para recarga de celular, internet e portões para fechar os terminais à meia-noite.
Conforme anunciado, a intervenção incluiria reforma dos banheiros, bebedouros, revisão das instalações elétricas; hidráulicas; plano de segurança contra incêndio e pânico; cobertura; reforço do piso rígido do pátio; pintura geral; troca dos bancos; sala para descanso dos funcionários; guarita dos guardas municipais ou seguranças e grades móveis para o fechamento dos terminais durante a madrugada, quando não há circulação de ônibus.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para saber por que os terminais não foram construídos, mesmo com recursos previstos desde o PAC em 2012, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.
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