Petrobras tenta mais uma vez vender UFN3, obra parada há 8 anos em Três Lagoas

Petrobras emitiu comunicado ao mercado sobre venda da unidade em Mato Grosso do Sul

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Fábrica da UFN3 Petrobras
Fábrica UFN3 da Petrobras, em Três Lagoas

A Petrobras divulgou que retomou, nesta terça-feira (31), o processo de venda da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III), em Três Lagoas, distante 325 quilômetros de Campo Grande. A retomada ocorre um mês depois do fracasso nas tratativas com o grupo russo Acron.

As obras da unidade estão paradas desde 2014 e quando foi projetada, a expectativa era que a unidade produzisse 3,6 mil toneladas de ureia e 2,2 mil toneladas de amônia por dia.

No comunicado ao mercado, a estatal informou ter contratado o Banco Bradesco como assessor financeiro para auxiliar no processo de venda de 100%. Na comunicação de processo de venda, a Petrobras reforça que o grupo comprador deverá se comprometer em concluir a obra da planta para operação da unidade.

Entre os requisitos para participar do processo de compra, o grupo interessado precisa ter patrimônio líquido superior a 300 milhões de dólares e não pode estar incluído em listas restritivas, como Cadastro Nacional de Empresas Punidas.

A previsão da estatal e do Governo Federal é que a negociação seja finalizada ainda este ano para que as obras, paradas há 8 anos, sejam retomadas em 2024.

De acordo com o Governo do Estado, empresas interessadas em comprar a unidade já entraram em contato com o Governo em busca de informações a respeito de incentivos fiscais que serão concedidos para o grupo que assumir a UFN3.

Confira mais detalhes da fábrica:

Fonte: Petrobras

Petrobras iniciou construção da UFN3 em 2011

A construção da UFN3 em Três Lagoas teve início em 2011 e a obra foi paralisada em dezembro de 2014 com 81% de conclusão, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela obra. A estatal colocou a UFN3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no segmento de fertilizantes.

Neste ano, grupo russo Acron manifestou interesse na compra da fábrica. Negociações foram iniciadas, mas restaram fracassadas no final de abril porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador queria rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes, condição que não teve aprovação do Governo do Estado.

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