Durante três anos, arrecadação de impostos em MS e Campo Grande fecha em superávit

Tesouro estadual segue superando as metas estipuladas anualmente, assim como a arrecadação em Campo Grande

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As formas de pagamentos estão disponíveis nos carnês que já foram distribuídos pela Sefaz.
As formas de pagamentos estão disponíveis nos carnês que já foram distribuídos pela Sefaz.

Para quem possui imóvel ou carro, janeiro é o mês do pagamento de dois importantes tributos para arrecadação dos cofres públicos estaduais e municipais, como IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana). Mas, você sabe para aonde vai essa receita? E em quais serviços ela é aplicada?

Segundo informações do titular da Sefin (Secretaria de Finanças e Planejamento de Campo Grande), Pedro Pedrossian Neto, o valor total estimado para arrecadação do IPTU para 2022 é R$ 229 milhões, mas o congelamento da alíquota aumentou a adimplência dos contribuintes e os pagamentos já chegam à faixa dos R$ 273 milhões, somando apenas os meses de dezembro e janeiro.

Além disso, a soma total dos pagamentos aguardados para este ano — contando com tributos como IPTU, ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza), ITBI (Imposto sobre a transmissão de bens imóveis), Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) — é de R$ 317.576.092,11, que em comparativo com o ano passado, já está em superávit desde o começo deste mês.

O secretário comentou que o aumento global dos imóveis em Campo Grande também auxilia no aumento da receita durante esses dois meses. Porém, a arrecadação da verba vinda do IPTU é direcionada para uma conta específica, no qual o valor é destinado para pagamento do 13º dos servidores municipais.

“Com esse valor arrecadado, todo começo do ano é direcionado a pagamentos e provisionamos ao pagamento do 13º. Este ano pegaremos R$ 150 milhões e vamos depositar em uma conta, separada e para resgate apenas no dia 20 de dezembro de 2022”, pontuou. 

Pedrossian ressaltou que, por um lado, o IPTU e ISS têm superado as expectativas, mas que os demais tributos mostram um certo pessimismo em relação à arrecadação, principalmente aos que são oriundos do Governo do Estado, como o ICMS (Imposto Sobre Mercadoria e Serviço), entre outros. “Campo Grande teve uma queda de 10% na participação direta do ICMS, então queremos agora aguardar o que pode vir do IPVA, ainda é que 50% do valor é destinada a todos os municípios do Estado”.

Estado

De acordo com o titular da Sefaz-MS (Secretaria de Estado de Fazenda), Felipe Matos, o tesouro estadual espera arrecadar cerca de R$ 700 milhões com o pagamento do IPVA. A expectativa segue a mesma de 2021, pois não implicou em reajustes e sim na redução da alíquota, de 3,5% para 3% — o valor dos veículos, porém, teve reajuste considerável na tabela Fipe.

“A nossa expectativa é arrecadar o mesmo valor estipulado no passado. Reduzimos a alíquota para que não houvesse impacto no bolso dos contribuintes”, destacou. Comparado aos últimos anos, o Governo do Estado vem fechando as contas tributárias em superávit, acima do esperado, principalmente em relação ao IPVA.

Matos não comentou qual era a meta prevista anualmente com as arrecadações de IPVA, ITCD (Imposto de transmissão causa mortis e doação), IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte), ICMS, FPE (Fundo de Participação dos Estados), Taxas, entre outros. Além disso, a especificação para onde a verba será destinada fica a cargo do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) que, junto com a secretaria de Governo, mapeia as pastas que precisam de investimento.

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