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Transparência

Para evitar ‘fura fila’, Secretaria de Saúde de MS pede que municípios mandem lista de vacinados

Para evitar que pessoas que não pertençam aos grupos prioritários de vacinação contra Covid-19 desrespeitem a ordem de vacinação, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) determinou que os 79 municípios de Mato Grosso do Sul encaminhem a relação nominal dos vacinados. A medida é tomada no mesmo dia da confirmação de que o prefeito de […]
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Para evitar que pessoas que não pertençam aos grupos prioritários de vacinação contra Covid-19 desrespeitem a ordem de vacinação, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) determinou que os 79 municípios de Mato Grosso do Sul encaminhem a relação nominal dos vacinados. A medida é tomada no mesmo dia da confirmação de que o prefeito de Nioaque, (), virou alvo de investigação por furar a fila.

Segundo a Secretaria de Saúde, a primeira fase contempla idosos com mais de 60 anos que moram em instituições como casas de repousos, além de indígenas e trabalhadores de saúde que estão na linha frente de combate da pandemia.

“Eu dei um exemplo ao não ser vacinado. Eu poderia, por estar na linha de frente, por ser médico e ter comorbidades. Mas preferi mostrar a população que é importante respeitar a fila nesse momento”, disse o secretário Geraldo Resende. O Ministério Público foi acionado para acompanhar a aplicação das doses por parte das cidades, para impedir que quem não esteja nas prioridades do momento se vacine.

Mato Grosso do Sul recebeu o primeiro lote com 158 mil doses da vacina contra o coronavírus em 18 de janeiro, que foram distribuídas no mesmo dia aos 79 municípios. A relação da quantidade recebida por cada município foi publicada no Diário Oficial do Estado de 19 de janeiro.

De acordo com o Plano Estadual de Imunização, cada município precisa registrar a dose aplicada da vacina de forma individual e nominal para propiciar o reconhecimento do vacinado pelo CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou CNS (Cartão Nacional de Saúde). Com isto se evita duplicidade, e identificação para investigação de efeitos colaterais, se for o caso.

Os registros das doses aplicadas deverão ser feitos pelos municípios no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (Novo SI-PNI – online) ou em um sistema próprio que interopere com ele, por meio da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

‘Para incentivar’

O caso veio à tona por meio de e nesta sexta-feira (22) já foi marcada oitiva de sete pessoas que foram intimadas a prestar depoimento. Elas serão ouvidas na Promotoria de , onde procedimento foi aberto. Essa é a primeira investigação a vir a tona no Estado, após intensa campanha do MPMS e MPF (Ministério Público Federal) para que as 158,7 mil doses recebidas sejam efetivamente usadas nos grupos de risco. Por meio de nota, o chefe do Executivo disse ter sido imunizado para ‘incentivar’ a população indígena.

As primeiras doses da vacina chegaram ao município na terça-feira (19) e a vacinação teve início na Aldeia Brejão. Conforme divulgado pela prefeitura, os contemplados na primeira etapa seriam os indígenas e profissionais de saúde, seguindo o parecer técnico do Ministério da Saúde e do Governo do Estado. Consta na publicação oficial que o prefeito havia acompanhado os trabalhos.

Contudo, denúncia oriunda do local informou ao MP que ele também foi imunizado, mesmo tendo 37 anos de idade e sem informação de comorbidade. Após a irregularidade vir à tona, Valdir argumentou que o povoado indígena estava ‘resistente’ e sua imunização foi uma forma de mostrar que a vacina não oferece risco. Na ocasião, 69 indígenas receberam o antivírus.

Com formação em odontologia, ele afirmou ainda que é profissional da área da Saúde e atua na linha de frente da pandemia.

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