Operação Cupim, deflagrada em Tacuru, 416 km de Campo Grande, pela Polícia Civil na terça-feira (18), ouviu quatro servidores do Instituto de Seguridade Social dos Servidores Municipais e recolheu ‘volume expressivo’ de documentos que agora serão periciados por um contador, segundo o delegado responsável pela apuração, Edgar Punsky.

Informações apuradas pela reportagem indicam que susposto desvio seria na ordem de R$ 100 mil somente em um dos anos alvos de investigação, o que corresponderia a pouco mais de 10% do pagamento com servidores – consultando o Portal da Transparência de Tacuru, é possível verificar que a remuneração mensal gira em torno de R$ 968 mil.

O delegado não precisou valores que supostamente teriam sido desviados, devido à fase de investigação, mas reforçou que, a apuração ‘já demonstra que havia saída de recursos sem retorno ao cofre municipal’.

“A primeira fase teve como objetivo coletar prova e outras evidências, equipamentos, documentos contábeis. Colhemos depoimento de servidores que estavam lá e, agora, avançar para as próximas fases”, que trata-se, neste caso, de oitivas e perícia contábil.

Operação

Investigadores das delegacias de Tacuru, Paranhos, Amambai e Coronel Sapucaia participaram da operação. As apurações pontaram que alguns servidores estariam se apropriando de verbas públicas, enriquecendo ilicitamente. 

O ISSEM (Instituto de Seguridade Social dos Servidores Municipais de Tacuru) tem por objetivo proporcionar aos segurados, ou seja, servidores do município, e seus dependentes, o amparo social, assistência financeira e médico-odontológica prevista na lei municipal número 332, de 1994.

O nome da operação faz referência à cidade de Tacuru, que na língua indígena Guarani tem esse significado.