Durante cumprimento de mandados de busca e apreensão da PF (Polícia Federal), o deputado federal (PSL) foi conduzido para sede da DPF após suposto flagrante de posse ilegal de arma nesta quinta-feira (12), segundo apurado pela reportagem.

Chamada de ‘Tracker', a operação apura suposto atentado ao parlamentar e seu assessor, que ocorreu em 16 de fevereiro deste ano. Naquele dia, o veículo do deputado foi alvo de vários disparos na BR-060, entre e .

A informação é que a prisão ocorreu nesta manhã por causa do armamento; a princípio, não há mandado na operação com este fim.

Mais cedo, a PF afirmou que estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), dos quais, nove são em Mato Grosso do Sul e um cumprido em Brasília. Ao todo, participam da ação 50 policiais federais.

O nome da operação (tracker), que em tradução livre seria ‘rastreador', faz referência ao trabalho investigativo realizado pela Polícia Federal em busca de provas para elucidação dos fatos e identificação dos autores. A investigação está em segredo de justiça.

Suspeito de 'fingir' atentado, deputado Loester Trutis é conduzido pela PF em Campo Grande
Foto divulgada no Facebook, na ocasião no suposto atentado.

Caso

O atentado aconteceu por volta 5h30 da manhã de 16 de fevereiro, um domingo, quando um veículo teria emparelhado ao lado do carro do deputado e efetuado cinco disparos. Ninguém ficou ferido. O deputado participava com sua equipe de eventos de conversa com moradores em cidades de . Na noite do dia 15, Trutis estava em e cumpriria agenda em Sidrolândia no dia do suposto atentado.

Na época, a Polícia Civil de MS disse que não se manifestaria oficialmente sobre o suposto atentado, informou o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Adriano Geraldo Garcia. Segundo Garcia, o episódio tem ‘muitos pontos de interrogação'.

Trutis usou suas redes sociais, na ocasião, dizendo ser alvo de ‘consórcio' de inimigos. O deputado chegou a ser alvo de memes nas redes sociais após o caso vir à tona. Na postagem, ele acusava integrantes da classe política no Estado de de possuírem envolvimento com bandidos. “Os leigos e engraçadinhos “esquecem” que no MS o crime organizado sempre teve participação na política. Cigarreiros, traficantes e líderes de esquadrões da morte se tornaram vereadores, deputados, e quase fizeram até um governador”, disparou Trutis, sem mencionar nomes.

*Matéria em atualização