O MPMS (Ministério Público de ) entrou com uma na Justiça contra o município de e o Estado para que novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) sejam contratados com emergência, após taxa de ocupação atingir 95% nesta quarta-feira (16). Promotora afirmou que saúde está à beira de um colapso e moradores não estão respeitando as restrições.

A Promotora de Justiça da Saúde, Filomena Aparecida Depolito Fluminhan, disse em coletiva de imprensa nesta tarde, que durante fiscalização em cinco hospitais foi constatado a necessidade de mais leitos. As unidades fiscalizadas na última sexta-feira (11) foram o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Hospital Adventista do Pênfigo, Santa Casa, El Kadri e Clínica Campo Grande, todos dispõe de leitos de UTI do SUS.

MPMS vai à Justiça para que Campo Grande e Estado providenciem mais leitos
Promotora Filomena Aparecida Depolito Fluminhan | Foto: Leonardo de França, Midiamax

Durante a fiscalização, a promotora explicou que seis pacientes foram encontrados em macas nos corredores, com auxílio do oxigênio, em uma espécie de ‘UTIs improvisadas'. Na Santa Casa, foi necessário montar 10 leitos no para atender pacientes.

Fluminhan também explicou que em Campo Grande, são disponibilizados 182 leitos para pacientes com coronavírus, sendo que 95% já estão ocupados, sendo que, na sexta-feira (11), todos estavam ocupados durante a vistoria do MPMS.

“Quase em colapso o sistema de saúde. As medidas restritivas não estão funcionando, falta comprometimento da população com as medidas”, pontuou a promotora. Diante da situação, o MPMS acionou a Justiça para que o Município e o Estado providenciem mais 30 leitos.

A ação deverá ser respondida em um prazo de cinco dias e após a contratação dos leitos, Município e Estado deverão avaliar para quais hospitais encaminhar.

Vagas em leitos só com mortes

Com a taxa de ocupação dos leitos chegando ao limite, com 95% dos leitos ocupados, o secretario de Saúde de Mato Grosso do SulGeraldo Resende, alertou a população e disse que vagas para UTIs surgem apenas com as mortes dos pacientes internados que atualmente ocupam os leitos.

O secretário se mostrou bastante preocupado em live para detalhes boletim epidemiológico desta quarta-feira (16). Resende comentou que MS chegou na capacidade máxima de ocupação nos leitos e que muitas pessoas seguem esperando leitos de UTI em setores ‘improvisados'.

“Muitas pessoas estão internadas na ala vermelha dos hospitais, aguardando o leito ser aberto, aguardando inclusive a remoção de quem veio a óbito. Esse é o quadro. Há muitas pessoas em leitos clínicos, mas intubados, em chamados leitos semi-intensivos para aguardar vaga no leito de UTI”, disse o secretário, pontuando que só surgem vagas nos leitos se pacientes se recuperarem ou morrerem.

(Matéria editada dia 17/12 para correção de informações)