O STJ (Superior Tribunal de Justiça) marcou para o dia 6 de novembro, a partir das 13h no horário de Mato Grosso do Sul, o julgamento do pedido de desbloqueio de bens pertencentes ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e família. Ao todo, os valores somam R$ 276 milhões, indisponíveis há mais de um ano.

No início de fevereiro do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Vostok, o STJ também bloqueou os bens da família do governador, afetando a primeira dama Fátima Souza e Silva e seus três filhos, Rafael, Tiago e Rodrigo Souza e Silva – este chegou a ser preso junto a integrantes da alta cúpula do Governo do Estado.

Durante a campanha eleitoral de 2018, Reinaldo solicitou o desbloqueio dos valores, mas apenas R$ 1,4 milhões que estavam declarados em sua conta bancária foram liberados, mantendo as demais propriedades e contas da família bloqueadas, conforme determinou o então ministro relator da Vostok, Felix Fischer.

A investigação feita pelo PF (Polícia Federal) e MPF (Ministério Público Federal) apura se Reinaldo recebeu R$ 67,7 milhões em propinas para conceder incentivos fiscais à JBS, que teria causado prejuízo na marca de R$ 209,7 milhões ao Estado.

Recentemente, a defesa do governador pediu a redistribuição do recurso referente a indisponibilidade de bens, o que foi negado e arquivado pelo ministro relator interino da Vostok, Paulo de Tarso Sanseverino.

A Operação Vostok, que ouviu mais de 100 pessoas no início de setembro, apura o pagamento de propina, delatado pelos empresários Wesley e Joesley Batista, da JBS, a integrantes do alto escalão do Governo de Mato Grosso do Sul. Por ora, Paulo de Tarso substitui temporariamente Fischer, que passa por grave problema de saúde.