Preso durante a Operação Again, da Polícia Federal, o cardiologista Mércule Pedro Paulista Cavalcante, acusado de integrar a “máfia do coração”, foi autorizado pela Justiça Federal a retornar ao HU (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), mas não para trabalhar.
Impedido judicialmente de se aproximar da unidade onde trabalhou, sob suspeita de ter superfaturado próteses usadas em cirurgias do coração, fazer uso de stents vencidos e fraudar licitações, o médico retornará a unidade apenas para atender intimação da Comissão Processante.
Mércule recebia um salário médio de R$ 27,6 mil, mas está afastado de suas funções nos hospitais públicos desde a operação, que recebeu este nome por atuação semelhante a deflagrada na Operação Sangue Frio.
O médico usou tornozeleira por cinco meses no ano passado. Ele e o empresário Pablo Augusto de Souza e Figueiredo estão proibidos de se comunicarem entre si, de terem acesso aos hospitais universitários de Campo Grande e de Dourados e do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian.