Secretaria de Educação compra 179 mil kits de livros por R$ 8,2 milhões
Editora que fornecerá material é investigada pela PF
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Editora que fornecerá material é investigada pela PF
Gráfica que neste mês foi alvo da Operação Toque de Midas, da Polícia Federal, conquistou pelo segundo ano consecutivo contrato milionário com o Governo do Estado. Para fornecer 179 mil kits de livros paradidáticos, aqueles com assuntos paralelos ao currículo escolar, a Editora Planeta Educação recebeu R$ 8,2 milhões dos cofres públicos.
Os dois contratos que contemplam a aquisição dos livros foram publicados nesta quarta-feira (24) no Diário Oficial do Estado. Assinam os documentos de R$ 5,1 milhões e R$ 3 milhões a secretária de Educação Maria Cecília Amendola da Mota e o proprietário da gráfica, Fabricio Freitas.
De acordo com a SED (Secretaria de Estado de Educação), cada um dos 179 mil kits possui três livros, dois da coleção “Encontro com Familiares” e o manual do orientador. Os itens devem ser entregues a 365 escolas de ensino médio e fundamento do Estado.
Ainda segundo a secretaria de educação, os kits são repassados para as famílias dos alunos, com objetivo de que o conteúdo seja discutido em casa. Tudo faz parte do projeto Família e Escola, iniciado no ano passado pela SED.
A reportagem questionou a secretaria de educação sobre o fato da empresa ser investigada pela Polícia Federal na segunda fase da Operação Toque de Midas, no entanto, a única resposta da SED foi que a gráfica venceu processo licitatório realizado em março deste ano.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a editora Planeta Educação no telefone fixo da empresa. Funcionária da gráfica que atendeu a ligação informou que não havia nenhum responsável pela editora na sede da empresa, localizada na Rua Antônio Maria Coelho, na Capital.
Operação
A denúncia que motivou investigação que atinge a editora envolve a prefeitura de Paranhos, cidade distante 477 quilômetros da Capital. Irregularidades foram detectadas em dois pregões, realizados em 2015, onde teria havido manipulação das cotações de preços e superfaturamento. Prejuízo está estimado em R$ 270 mil.
Valor investido supera em R$ 84 mil ao praticado pelo mercado, sendo suficiente para compra de outros 5,2 mil exemplares para os alunos.
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