Acima de limite prudencial, Prefeitura quer diminuir folha para 49,03% da Receita

Atualmente, Prefeitura gasta 51,57% com pessoal

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Atualmente, Prefeitura gasta 51,57% com pessoal

Durante prestação de contas do primeiro quadrimestre da Prefeitura de Campo Grande na Câmara Municipal nesta quarta-feira (31), o secretário de Finanças Pedro Pedrossian Neto disse que a meta da administração é baixar o gasto com pessoal de 51,57% para 49,03%.

Acima do limite prudencial, que é de 51,30% da Receita Corrente Líquida com folha de pagamento, a prefeitura planeja fazer cortes de mais de R$ 5 milhões, entre demissões de comissionados, revisão das folhas e de pagamentos de INSS, além dos decretos de contingência.Acima de limite prudencial, Prefeitura quer diminuir folha para 49,03% da Receita

No último mês, foi gasto R$ 110,2 milhões com pessoal. Somente com profissionais da saúde é gasto cerca de R$ 38 milhões mensais.

“No geral, queremos reduzir gastos com adicionais, como o de difícil acesso, que foi cortado em 100%, além de melhores negociações na merenda, telefonia, limpeza e tratativas para tentar diminuir o valor do contrato da Solurb, que é de R$ 7,9 milhões e deve passar para R$ 7,4 milhões”.

Por mês, a prefeitura tem ficado com déficit de cerca de R$ 31 milhões. “Vamos realizar protesto de dívidas de IPTU e outros ajustes para que, no fim, a gente consiga diminuir ao menos R$ 10 milhões deste déficit. Não tem fórmula mágica, mas é o que podemos fazer em relação a isso”, disse Pedrossian Neto.

Ao assumir a gestão, a administração afirmou ter herdado uma dívida de mais de R$ 300 milhões. “Desse valor, ainda temos que pagar R$ 180 milhões. Estamos pagando aos poucos. Se pagar de vez, a Prefeitura quebra”, explicou.

Reajustes

O secretário confirma que não houve acordo a respeito do reajuste até esta quarta-feira (31) e diz que o Município estuda uma nova proposta para apresentar à categoria, considerando que a última tentativa de acordo foi rejeitada.

“Estamos com situação fiscal bastante complicada, o que nos impede de fazer grandes avanços, grandes concessões, mas estamos fazendo o que é possível para atender a categoria e de forma que não tenha tanto impacto”, declara.

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