Preso junto com casal Olarte financiou campanha de Elizeu Dionizio

Empresário, denunciado por corrupção, doou R$ 35 mil ao deputado federal

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Empresário, denunciado por corrupção, doou R$ 35 mil ao deputado federal

O empresário Evandro Simões Farinelli, preso na manhã desta segunda-feira (15) por suposta participação no esquema de lavagem de dinheiro, crime que levou também à prisão o ex-prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (Pros), sua mulher Andréia Olarte e o corretor de imóveis, Ivamil Rodrigues de Almeida, foi um dos principais financiadores da campanha eleitoral do deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB), em 2014.

Evandro Farinelli, dono da Chassi Automotivo, que atua em balanceamento de carros, contribuiu com a campanha de Elizeu de duas maneiras: R$ 25 mil por meio de sua empresa e ainda como pessoa física, desembolsando R$ 10 mil. 

De acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a campanha de Elizeu Dionizio custou R$ 494.493,00.

Além do empresário preso na manhã desta segunda-feira (15), quem mais ofertou ajuda ao deputado tucano foi o empresário Antônio Celso Cortez, com R$ 157 mil.

Cortez é dono da empresa de informática, a PSG Tecnologia, uma das citadas na Operação Lama Asfáltica e que teria ligação com o empresário João Baird, que responde na Justiça por uma ação de improbidade administrativa proposta pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual), junto com o ex-governador André Puccinelli (PMDB), por supostas irregularidades durante a gestão peemedebista. 

A reportagem tentou falar com o deputado federal, por telefone celular, mas não conseguiu. Recado foi deixado no aparelho do parlamentar, que não retornou à ligação até a publicação deste material.

O CASO

As prisões e mandados de busca e apreensão foram efetuadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), órgão do MPE (Ministério Público Estadual). A operação foi batizada de Pecúnia (dinheiro, grana).

O quarteto detido por força de mandado de prisão temporária (cinco dias), foi denunciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

De acordo com o Gaeco, entre os anos de 2014 e 2015, quando a Capital ainda era administrada por Gilmar Olarte, a mulher dele, Andréia, “adquiriu vários imóveis na Capital, alguns em nomes de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferência bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.

Evandro, afirma o Gaeco, entra no esquema do casal Olarte, como uma espécie de laranja. Ivamil Rodrigues, corretor de imóveis, comprava casas e terrenos, que eram documentados em nome de Evandro, no entanto, os bens eram de Andréia, segundo os investigadores do caso.

Gilmar Olarte foi eleito vice-prefeito de Campo Grande, em outubro de 2012, e assumiu o mandato em janeiro de 2013. Em março do ano seguinte, em 2014, ele tornou-se prefeito porque o então prefeito, Alcides Bernal, PP, foi cassado pela Câmara dos Vereadores por meio de uma CPI, cujo relator era Elizeu Dionizio, então vereador.

 

 

 

 

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