Após invasão no MPE, site de prefeitura é novo alvo de hackers em MS

Foto com cinco homens armados

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Foto com cinco homens armados

Após a invasão do site do MPE no último dia primeiro de julho, o novo alvo de hackers foi o site oficial da prefeitura Municipal de Rio Brilhante, cidade a 160 quilômetros de Campo Grande. Quem tentou acessar o site www.riobrilhante.ms.gov.br nesta segunda-feira (11), ouviu um funk ‘proibidão’, viu uma foto com cinco homens armados e uma frase que dizia “Hacked By Anarchy Ghost”.

Na home do site também estava escrito “Hackeado por Colder”. Na sequência, segundo o site Rio Brilhante em Tempo Real, “Colder” deixa um salve ou um alô, para um grupo onde tudo indica que seja  de hackers.

E em seguida havia a seguinte frase: “Enquanto houver guerra tanto de um lado quanto do outro, o que vai acontecer é isso ai mesmo, guerra em cima de guerra, e sangue em cima de Politico SAFADO”. Agora a noite a frase que consta no site é: “Vai conseguir me tirar Daqui ? by Colder”.

Invasão do site do MPE

Um dos hackers do Anonymous assumiu em entrevista que o ataque ao Ministério Público do Mato Grosso do Sul na última sexta-feira (04) foi feito pelos ativistas virtuais. O integrante do grupo, que se autodeclara inimiga do Estado, disse ao site Olhar Digital que a invasão foi por causa do genocídio indígena que ocorre MS, ou seja, o Ministério Público foi escolhido por causa de “ações paramilitares de fazendeiros contra indígenas”, consta na entrevista.

“Os assassinatos dos povos indígenas chegaram em um ponto onde a repercussão se tornou internacional Não existe uma centralização das nossas ações, as células atuam de forma independente e cada uma pode trabalhar nos assuntos que consideram mais importantes. Temos uma agenda muito pluralista.”, disse.

“Foi uma invasão por SQL Injection”, disse. Ainda segundo o integrante do grupo virtual, eles aproveitaram uma falha na programação do site e executaram comandos de forma remota, e, com acesso aos dados, foi feita a captura de informações de logins e em seguida houve a descriptografia de senhas.

Ao todo, aproximadamente 20 pessoas participaram do ataque ao MPE, segundo o entrevistado que afirmou ter atuado na quebra de senhas e invasão. De 0 a 10, o hacker classificou como nota 1, a dificuldade em entrar no sistema da instituição. “Só não dou 0 porque precisava de login e senha (risos)”. Mais de 20GB de e-mails hackeados do MPE estão sendo analisados, disse o ativista virtual.

 

 Na sequência, o Anonymous fez ataques a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).  O ataque ao órgão sul-mato-grossense foi necessário para a obtenção de dados que possibilitaram aos hackers invadirem os sistemas da Anatel.

“Essa foi a estratégia. Passamos os últimos meses analisando a estrutura da Anatel. Seu organograma, funcionários e identificamos alvos interessantes. A gente queria enviar um ransomware, que é um tipo de arquivo que bloqueia o computador após aberto, por e-mail. Uma tática de phishing. No entanto, precisávamos do MP para isso”.

O e-mail de um funcionário de alto escalão do MP foi sequestrado e com ele enviado uma mensagem para funcionários específicos da Anatel. Ao todo 23 máquinas foram afetadas, uma vez que, depois de aberto, o arquivo se espalha pela rede interna.

“Em suma, a escolha pela Anatel deu-se pelo motivo de que ela nasceu para fazer exatamente o oposto do que está fazendo. O consumidor via a Anatel como uma instituição que estava na defesa do consumidor perante ao mercado de telefonia que temos no país. Ficou um sentimento de “traição”.

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