A Prefeitura não deu nenhum reajuste salarial a categoria

Aproximadamente 1,1 mil funcionários de 99 Ceinfs (Centros de Educação Infantil) e 19 (Centros de Referências de Assistência Social), de encerraram a que teve início nesta quinta-feira (14). A Prefeitura que já tinha oferecido a redução de carga horária durante negociações não deu nenhum reajuste salarial a categoria. Cerca de 500 trabalhadores chegaram a fazer um manifesto na Praça do Rádio Clube na manhã desta quinta.

As funções dos trabalhadores que entraram em greve são recreadores, cozinheiras, educadores, auxiliares de serviços gerais, auxiliar administrativo e atendente de berçário.

Em nota, o Senalba-MS (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul), informou que a maioria aprovou pela a proposta de redução da jornada de trabalho de 7 para 6 horas.

Os funcionários são terceirizados da Prefeitura contratados pela Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar) e Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária).

Ainda de acordo com o sindicato, houve uma nova tentativa de negociação com a Omep e Seleta que não ocorreu, segundo o Senalba, pois foi informado que os presidentes “já estavam em outros compromissos”.

Ainda na nota, a categoria afirma que teve acesso a um documento redigido pelo secretário municipal de administração e também secretário interino da Secretaria Municipal de Educação, Wilson do Prado, destinado às instituições empregadoras destacando que “devido à crise financeira e diminuição de receitas públicas não teria como efetuar aumento do repasse à Omep e Seleta, que hoje totaliza 5,8 milhões”. “Com esse argumento inflexível, não ofereceu opção de reajuste salarial à categoria”, informa a vice-presidente do Senalba-MS Elenir Azevedo.

“É lamentável que a Prefeitura tenha se mantido intransigente diante do reajuste de uma categoria que cuida das crianças de Campo Grande com salários entre R$ 788,00 e R$ 964,00 e que os empregadores não tenham dado a devida atenção a esta negociação. Em assembleia a categoria ressaltou que não se esquecerá dessa postura nas próximas eleições, bem como dos vereadores que não compareceram para defender os profissionais”, explica a presidente do sindicato Maria Joana Barreto Pereira.