Erros no Cnes apontam 100 horas de trabalho para diretora da Sesau
Desatualização deixa população confusa
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Desatualização deixa população confusa
Uma médica da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) trabalha 40 horas semanais como infectologista em atendimento ambulatorial, 20 horas como gerente administrativa do PAI (Programa de Atendimento Integrado), 20 horas no Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) e outras 8 horas em serviços ambulatoriais, totalizando 100 horas semanais.
Com isso, sobrariam apenas 9 horas e 40 minutos diários de descanso. Graças a vários erros, não é esta a situação da médica Marcia Dal Fabbro, diretoria de vigilância em saúde de Campo Grande. Mas é assim que é descrita a rotina da servidora no site do Cnes (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde).
O Jornal Midiamax recebeu nesta segunda-feira (6) uma denúncia com a informação e um questionamento: como pode um trabalhador suportar uma carga horária de 100 horas semanais entre atendimentos e gerenciamentos?
A falta de transparência e atualização do site, problema que se arrasta há tempos, desde a gestão de Luiz Henrique Mandetta na Sesau, confunde a população, que não sabe para onde vai o dinheiro público, nem como é aplicado e qual a carga horária de cada servidor.
A médica informou ao Jornal Midiamax que há tempos solicita a sua regularização no Cnes, mas que a situação não é resolvida. “Não trabalho 100 horas. Atualmente, recebo por 40 horas semanais, como diretora de vigilância sanitária e do PAI. Já pedi para a Sesau regularizar a situação várias vezes, mas não resolveram ainda”.
No Cnes, que é atualizado pela diretoria de relações institucionais em saúde da Sesau, a informação é de que os estabelecimentos nos quais Márcia estava lotada e foi desligada deveriam ter enviado documentação informando a respeito, o que não foi feito.
Porém, após a ligação da equipe de reportagem a médica entrou em contato com o Cnes e estava elaborando um documento para encaminhar, solicitando diretamente ao setor responsável a solicitação de desligamento.
A assessoria da Sesau informou que os dados repassados pela médica são verdadeiros e que o Cnes está desatualizado em relação à quantidade de horas semanais trabalhadas pela diretora.
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