Em dois meses, Solurb recebe via Justiça R$ 16 milhões da Prefeitura
De uma dívida de R$ 19 milhões, 43% foram pagos até agora
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
De uma dívida de R$ 19 milhões, 43% foram pagos até agora
O TJ (Tribunal de Justiça) autorizou que a Solurb saque mais R$ 4 milhões bloqueados de contas da Prefeitura para pagar repasses atrasados, referentes ao serviço de coleta de lixo em Campo Grande. Somando este valor com outros já levantados e montantes depositados na Justiça Trabalhista, a administração municipal repassou em cerca de dois meses à empresa R$ 16 milhões, entre setembro e novembro.
A ordem para sacar mais R$ 4 milhões, chamada alvará judicial, foi dada na terça-feira (17) pelo juiz convocado Geraldo de Almeida Santiago, que atua na 2ª Câmara Cível do TJ. O pedido da empresa, avisando da disponibilidade do dinheiro, veio uma semana antes.
Os bloqueios ocorrem por força por decisão do mesmo magistrado, de 30 de setembro. Nela, Santiago manda bloquear 20% dos repasses de verbas do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e do rateio do ICMS à Capital, até atingir o valor de R$ 19.078.290,11 – o referente, conforme verificado na ação, ao total de repasses atrasados.
No dia 21 de outubro foi expedido o primeiro alvará judicial à Solurb, no valor de R$ 4,2 milhões. Ou seja, da dívida de R$ 19 milhões aferida pela Justiça, até o momento, conforme constam nos processos, foram liberados R$ 8,2 milhões, ou 43% do total.
Fora isso, a Prefeitura passou a depositar, na Justiça Trabalhista, os valores da folha de pagamentos da Solurb. Foram R$ 7,7 milhões, conforme cita o juiz no despacho de terça, totalizando R$ 16 milhões em verbas municipais destinados à empresa em dois meses – o primeiro depósito para pagar os funcionários foi em meados de setembro.
A Prefeitura vem argumentando, no processo, que a soma dos bloqueios e depósitos trabalhistas praticamente quitam a dívida com a Solurb e, por isso, a retenção de valores deveria ser reduzida. Na decisão de terça, no entanto, Santiago diz que as ordens para bloquear referem-se a repasses atrasados, não às atuais folhas de pagamento dos funcionários da concessionária.
Em outras palavras, não é possível, como a Prefeitura quer, incluir os R$ 7,7 milhões depositados na Justiça Trabalhista na soma dos R$ 8,2 milhões liberados em decorrência do bloqueio determinado pelo TJ.
Se a Solurb vem conseguindo obter dinheiro da Prefeitura judicialmente, mesmo sucesso não consegue em outros processos, nos quais questiona negativas de interromper o serviço de coleta de lixo. O TJ tem reiterado decisões que proíbem a empresa de paralisar totalmente as atividades, ainda que os repasses não sejam feitos.
Aliás, a disputa judicial começou depois que, no dia 8 de setembro, a Solurb interrompeu a coleta de lixo, alegando inadimplência por parte da Prefeitura. A paralisação ocorreu apenas 10 dias depois de o prefeito, Alcides Bernal (PP), retomar o cargo – ficou afastado entre março de 2014 e o fim de agosto deste ano.
Notícias mais lidas agora
- Empresário morre ao ser atingido por máquina em obra de indústria em MS
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
Últimas Notícias
Em Cassilândia, homem é procurado por ameaça e tentativa de homicídio
O serviço ambulatorial encaminhou a vítima até a Santa Casa para atendimento
VÍDEO: Idoso é atropelado por motociclista sem CNH na Gunter Hans em Campo Grande
Este é o segundo acidente ocorrido na mesma região neste fim de semana, sendo o terceiro registrado na Capital em menos de 24 horas
Embrigado, homem pega enxada e ameaça pai e irmão no loteamento Nova Serrana, na Capital
Caso foi registrado na Depac Cepol na madrugada deste domingo (15)
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.