O outsourcing assegura milhões em contratos para poucos escolhidos em Mato Grosso do Sul. Agora, os chamados ‘reis’ da locação de equipamentos temem porque a digitalização centralizada de processos poderia expor o suposto esquema.

Segundo revelado ‘entre colunas’ por um dos grandes players no restrito mercado de outsourcing sul-mato-grossense, ninguém ainda descobriu ao certo ‘qual é a ideia’ por trás de esforço administrativo iniciado. E a desconfiança toma conta do setor.

Além disso, os famigerados empresários temem que situações desabonadoras possam acabar expostas.

“Tem contrato de locação que, se fosse cumprido, lotaria a sede do contratante só de equipamentos que nem existem em Mato Grosso do Sul no volume locado”, suspeita funcionário de uma das terceirizadas.

As falcatruas não são novidades no setor de prestação de serviços terceirizados em Mato Grosso do Sul.

Já houve até flagrantes de irregularidades em contratos de informática que não chegaram a virar problema judicial para os implicados: tudo foi oficialmente sanado com TACs mediados pelos representantes ministeriais de MS.

Outsourcing fantasma: tecnologia obsoleta e mina de dinheiro

No entanto, a digitalização centralizada de processos, segundo quem entende de gestão, poderia apontar discrepâncias que hoje passam ao largo das supostas vistas grossas nos órgãos que deveriam atuar ativamente na fiscalização.

Quem manja de TI garante que, se os dados começassem a ser processados como devem, deixariam registrados processos que hoje dão margem para contratos desnecessários de locação, manutenção e gerenciamento.

“Em alguns casos, pagam por recursos inexistentes de enclosure, servidores obsoletos, e até soluções de storages ou appliances de backup ineficazes. É uma mina de dinheiro, porque a grana é desviada com quase 100% de aproveitamento no esquema”, assegura engenheiro que atua no setor.

Assim, para os mais otimistas, com as novidades não teria blindagem que daria conta de justificar a manutenção dos contratos visados.

Apesar de não ser o que a história recente do combate à corrupção em Mato Grosso do Sul aponta, o ‘risco’ já preocupa quem lucra no ‘outsourcing’ fantasma.

Digitalização de processos: caminho sem volta

Desde 2015, quando foi publicado o Decreto nº 8.539, está estabelecido no Brasil o Processo Eletrônico Nacional (PEN) para a administração pública.

Ou seja, todos os órgãos públicos brasileiros estão obrigados a adotar medidas para garantir o acesso, uso contínuo e preservação dos documentos digitais.

Desta forma, a digitalização de processos é considerada um caminho sem volta na gestão pública.

Além disso, os arquivos gerados por meio do procedimento de digitalização de documentos e processos precisam cumprir algumas regras de acessibilidade e interoperabilidade. Tem até uma cartilha Procedimentos para Digitalização de Documentos e Processos.

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