Expostos à execração pública e risco de morte, servidores estão revoltados em Mato Grosso do Sul. Acham que colegas foram tratados como ‘jagunços de luxo' pela cúpula em episódio desastroso para instituição.

Os mais críticos acham que unidade de elite foi usada para atender interesses particulares e temem que as tentativas de ‘esquentar' ocorrência façam sobrar para todo mundo.

Como ninguém ainda sabe de onde partiu a ‘peixada' que acabou virando escândalo internacional, dizem que o barulho é grande para apurar quem estava tentando agradar quem com fornecimento de jagunços na faixa.

“Quem é da região sabe quais interesses e ligações motivam algumas ordens de serviço descaradamente fora do escopo da atividade-fim”, avalia servidor que já comandou em instituição colocada na berlinda.

E o tamanho do estrago ainda está sendo analisado, ainda mais com posicionamento firme que órgão federal promete assumir após ser ‘tapeado' na cara dura.

Por isso, já tem coordenação de pré-campanha avaliando as medidas mitigatórias para o escândalo.

“Em pleno ano eleitoral, uma cagada dessas parece até coisa encomendada”, avalia correligionário.

Segundo ele, todo esforço para descolar imagem caricata de ‘ruralista' e explorar imagem de produtor sério e progressista foi jogado no lixo com a falta de responsabilidade em ordem dada.

“Isso sem contar toda cobrança que pode haver caso essa versão de usar os servidores como jagunços cole. Isso queima até com os servidores”, analisa.

‘Jagunços de luxo'

Para quem correu risco de morte, a atitude de quem deu a ordem também gera revolta.

“Uma coisa é colocar a gente em qualquer bocada aí para correr atrás de criminoso, de peba vagabundo que a gente bate o olho e vê que é bandido. Agora, uma manobra dessas só pra defender interesse de rico porque deve ter peixada no meio, não pode ser motivo para mandar a gente pra linha de tiro”, desabafou altamente treinado.

“Eu não passei em concurso e pelos treinamentos mais rigorosos do mundo para virar ‘jagunço'. Muitos colegas pensam como eu, mas têm medo até de comentar, porque aqui dentro a maioria não quer perder a peixada, se indispor”, relata.

“Mas tem um grupo crítico que leva a sério o peso do elmo. Não tenho formação espartana para correr atrás de adolescente no meio do mato porque tem alguém querendo agradar alguém ou puxar saco de alguém”, alerta.

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