O desembargador Julizar Barbosa Trindade teve sua aposentadoria concedida, nesta quarta-feira (19), pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Foram 41 anos dedicados ao Judiciário sul-mato-grossense. Na próxima semana, ele também se despede da presidência do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral).

“Estou consciente de que a roda gira, a fila anda e a vida continua”, pontuou hoje o magistrado em sessão do Tribunal Pleno. “A vida é composta de momentos e às vezes eles se apresentam com um misto de aparente tristeza, ao tempo em que se traduz em enorme felicidade”.

Segundo o presidente do TJMS, desembargador Sérgio Fernandes Martins, respeito e admiração ao magistrado proveem de uma carreira pautada na excelência, equilíbrio e sabedoria singular. Já os desembargadores João Maria Lós e Luiz Gonzaga Mendes Marques destacaram que suas decisões são base para orientar futuros julgamentos.

A palavra serenidade foi utilizada pela presidente da Amamsul (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul), juíza Mariel Cavalin dos Santos, para conceituar a característica do julgador que em sua avaliação teve a história de vida confundida com a do Poder Judiciário no Estado.

História

Familiares, amigos, servidores e juristas registraram sua homenagem ao desembargador, que ingressou na magistratura sul-mato-grossense em fevereiro de 1982, como juiz substituto em Corumbá. Na sequência passou pelas comarcas de Glória de Dourados, Amambai, e Campo Grande.

Natural de Ouro Branco (BA), Julizar Barbosa Trindade formou-se em Direito na Fundação Educacional Eurípedes Soares da Rocha de Marília (SP).

Em sua carreira, teve ainda passagens pela Vara de Entorpecentes e Delitos de com vítimas, e Registros Públicos, 3ª Vara Cível Residual e Vara de Cartas Precatórias Cíveis, até ser promovido desembargador em 2007.

Integrante da Corte Estadual, desempenhou os cargos de corregedor-geral de Justiça (2015/2016) e vice-presidente do TJMS (2017/2018). Já no , foi membro da classe de Juiz de Direito. Como desembargador, assumiu funções de vice-presidente e corregedor, antes de assumir no biênio atual a presidência do órgão.