Marinha tem 90 dias para concluir inquérito de assessor do governo que matou pescador em MS
Família quer que os danos sejam reparados ao filho do pescador Carlos Américo Duarte
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A Marinha tem 90 dias para concluir o inquérito que matou o pescador Carlos Américo Duarte, de 59 anos, em um acidente causado no rio Miranda, pelo assessor do Governo de Mato Grosso do Sul e genro da deputada estadual, Mara Caseiro, Nivaldo Thiago Filho de Souza.
Segundo informações da Marinha, a investigação da Capitania Fluvial do Pantanal acerca do acidente, de caráter administrativo, está em andamento, na fase de relatório e junção das informações coletadas. O inquérito, assim que finalizado, será encaminhado ao Tribunal Marítimo.
Conforme as Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos, inquéritos devem ser concluídos, por meio de relatório circunstanciado, no prazo máximo de 90 dias, a contar da data de sua instauração até a ciência e o “de acordo” do Capitão dos Portos ou Delegado.
Segundo o advogado da família do pescador, Rodrigo Rolim, o prazo para a conclusão do inquérito da Marinha é de 90 dias. “Nesse caso, quem entra com atuação é o Ministério Público. A família espera a conclusão da investigação da Delegacia de Miranda”.
Ainda segundo Rolim, a família quer que os danos sejam reparados aos filhos. “Vamos esperar a conclusão da investigação. A lei fala em 30 dias. Queremos que os danos sejam reparados aos filhos do senhor Carlos”.
Relembre o caso
Nivaldo estaria embriagado enquanto conduzia uma lancha, de forma imprudente, no momento em que, numa curva, atingiu a embarcação em que o pescador Carlos estava com o filho, no encontro dos rios Aquidauana e Miranda, na região de Miranda, a 168 quilômetros de Campo Grande, no di 1º de maio. Segundo o filho de Carlos, após a colisão, o autor jogou garrafas de bebidas no rio e fugiu em alta velocidade. Ele acabou localizado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em uma camionete Hilux na BR-262, com a mulher e os filhos, que também estavam na embarcação.
Apesar de confessar que havia bebido, ele não quis fazer o teste de bafômetro, foi levado para a delegacia e ouvido, mas liberado. Foi apurado então que ele não tem o Arrais, documentação necessária para pilotar a embarcação, mas disse que era apto. Ele responderá pelo homicídio culposo e também por duas lesões corporais culposas, mas o caso segue em investigação. Segundo a polícia, durante a fuga a lancha de Nivaldo começou a afundar e a tripulação precisou ser socorrida.
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