Pular para o conteúdo
Justiça

Funai tem 6 meses para demarcar Terra Indígena Ofayé-Xavante

Justiça concedeu liminar ao MPF
Arquivo -

Justiça concedeu liminar ao MPF

A (Fundação nacional do índio) terá o prazo de 6 meses para concluir o processo de demarcação da Terra Indígena (TI) Ofayé-Xavante em Brasilândia, 399 km de Campo Grande. A obrigação ocorre mediante liminar Judicial requerida pelo (Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul). O processo, paralisado na Fundação, deverá ser retomado, sob pena de multa diária de R$ 1 mil. As informações são do MPF-MS.

A Justiça Federal declarou que a Funai foi morosa no que se refere ao processo de demarcação. “Situação que ultrapassa o limite do razoável”, afirma o MPF. O procedimento demarcatório da terra foi há 30 anos, em 1987. O procesos – como geralmente ocorre em Mato Grosso do Sul – foi alvo de recursos judiciais contestatório. O MPF afirma, no entanto, que desde 2009 “não há qualquer impedimento legal ou judicial para a sua conclusão”.

Ofayé-Xavante

A Portaria nº 264/92, do Ministério da Justiça, reconheceu a tradicionalidade do território, que possui 1 mil e 937 hectares, de acordo com o relatório de delimitação e identificação. “Apesar de reconhecida e delimitada, a comunidade indígena aguarda há 8 anos a colocação de marcos físicos pela Funai – última etapa da demarcação antes da homologação pelo presidente da República”, explica o MPF.

“Antes do ajuizamento da ação, o MPF encaminhou recomendação à Funai solicitando providências quanto à mora injustificada na finalização do procedimento demarcatório. A Fundação, contudo, não apresentou qualquer documento que comprovasse sua intenção em concluir a demarcação da terra”, complementa.

Os índios Ofayé-Xavante ocupam o território sul-mato-grossense desde antes do século XIX, conforme explica a Procuradoria. O MPF relata que os indígenas foram “expulsos, perseguidos, dizimados e até considerados extintos”. O genocídio da etnia, conforme explica o MPF, reduziu um povo de 2 mil indivíduos que dominavam as terras do antigo Mato Grosso – da Serra de ao Alto Paraná -, a cerca 60 índios em um território de quase dois mil hectares no município de Brasilândia.

“Agrupados às margens do Rio Paraná, os índios há quase três décadas têm se mobilizado para assegurar a posse de seu território tradicional. Em 1997, quando o procedimento demarcatório já estava em andamento, a Companhia Energética de (CESP) anunciou a construção da Usina Hidrelétrica Sérgio Motta, que iria inundar parte da aldeia dos Ofayé-Xavante. O impasse se transformou em um acordo com a CESP, mediado pelo MPF, que resultou na compra de uma área definitiva para a comunidade, terra que hoje compõe a parte baixa da aldeia”, complementa.

 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
palmeiras

Palmeiras bate Grêmio com gol relâmpago, vence 3ª seguida no Brasileirão e cola no Cruzeiro

rio verde

Ultrapassagem teria causado colisão que deixou motorista em estado grave na BR-163

funcionários

Fiscalização não encontra vestígio de vazamento de amônia em frigorífico

fortaleza

Fortaleza vence Red Bull Bragantino e dá passo importante na luta contra o rebaixamento

Notícias mais lidas agora

Maracaju diz que indústria chinesa ‘abandonou’ crédito de R$ 1,4 milhão em ISSQN

Morre militar reformado atropelado em ciclovia na Avenida Duque de Caxias

‘Fruta do momento’: sítio na Capital produz morango há mais de 2 anos em cultivo orgânico

bebê licença

Aumento da licença-paternidade será tema no Congresso após recesso

Últimas Notícias

Cotidiano

Quer se vacinar contra a gripe? Veja os locais de vacinação deste domingo

Prefeitura realiza plantão de vacinação em dois bairros da Capital

Polícia

Mulher é presa com quase 500 trouxinhas de drogas no Jardim Los Angeles

A suspeita ainda tentou esconder os entorpecentes durante a abordagem policial

Cotidiano

Domingo será de tempo seco e quente, com máxima atingindo 36°C em Mato Grosso do Sul

Campo Grande amanhece com temperatura de 21°C e deve registrar máxima de 33°C

Sérgio Cruz - O dia na história

1974 – Deputado assassinado em Chapada dos Guimarães

Emanuel Pinheiro havia sido quarto deputado federal mais votado