Rede de farmácias deve R$ 20 milhões ao Banco do Brasil

Assembleia dos credores do grupo Buainain, dono da rede de farmácias São Bento, realizada ontem à tarde, em Campo Grande, pôs fim a uma discussão que já dura dois anos. Acordo firmado entre os credores e a empresa, que deve à praça R$ 78 milhões, já está acertado, depende agora da chancela da Justiça, que define a questão na semana que vem.

Pelo pacto, aprovado por maioria dos credores, a rede de farmácia, uma das mais antigas de Mato Grosso do Sul, terá de pagar a conta toda num período que varia de 12 meses e vai até dez anos, informou Fernando Abrahão, economista, do escritório Real Brasil Consultoria, responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa.

O débito milionário da São Bento envolve em torno de 1,3 mil credores, entre os quais bancos, fornecedores de medicamentos e trabalhadores.

Fernando Abrahão, que conduziu a assembleia, disse que a primeira conta que deve ser paga é a dos trabalhadores, cujo prazo não deve superar a um ano.

A maior dívida da farmácia, disse o economista, é com o Banco do Brasil, algo em torno de R$ 20 milhões. Neste caso, o débito deve ser quitado em dez anos, a partir da homologação do acordo, feito na Justiça.

Em janeiro de 2015, por temer a falência, o grupo Buainain, ingressou com o pedido de recuperação judicial, recurso aprovado por liminar pelo juiz da Vara de Falências, Recuperações, Insolvências e Cartas Precatórias Cíveis de Campo Grande, José Henrique Neiva de Carvalho e Silva.

O economista disse ainda que se a empresa descumprir o acordo o passo seguinte do processo é a decretação da falência dela. Já se o pacto for efetuado, extingue-se a causa por recuperação judicial.

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