Um funcionário público foi condenado a oito anos de prisão, em regime fechado, por desviar R$ 558 mil do TJ MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Alex Armoa Teixeira, 33 anos, foi condenado por formação de quadrilha e pelo desvio do dinheiro. O valor foi desviado entre os anos de 2002 e 2007.

De acordo com nota do MPE (Ministério Público Estadual), a decisão é do juiz da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, Marcelo Ivo de Oliveira. O juiz também condenou a mãe, o pai e o cunhado do técnico do Poder Judiciário a cinco anos de prisão, em regime semiaberto, mais o pagamento de R$ 2.413,33. Os mandados de prisão foram expedidos no dia 15 de agosto.

Conforme o MPE, a condenação aconteceu após a investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que concluiu em 2009 o inquérito sobre o desvio de dinheiro do TJ MS. As investigações indicaram que Alex era o mentor da organização criminosa e que agia junto com o pai, a mãe e o cunhado. Os quatro foram indiciados por formação de quadrilha e peculato.

Segundo foi apurado pelo MPE, Alex utilizava os nomes dos pais e do cunhado para desviar recursos destinados para o pagamento de juízes leigos e conciliadores. Ele tinha acesso ao sistema de controle da conta do Poder Judiciário.

Também foi descoberto que ele usou o nome de um advogado, que atuava como juiz leigo, morto em 2002 para promover os desvios.  Segundo a sentença, Alex foi condenado além da prisão, ao pagamento de 200 dias-multa, somando R$ 4.826,66. Ele também foi exonerado do cargo no Tribunal de Justiça e terá de ressarcir o valor desviado, que totalizou R$ 558.170,60.