A discussão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a necessidade de mais ministros na corte acabou hoje (10) com a conclusão de que a medida não deve ser adotada. Na reunião fechada, que contou com as presenças de 18 dos 31 ministros que compõem a corte atualmente (há duas vagas abertas), eles entenderam que está não é a solução apropriada para lidar com o congestionamento de processos no tribunal, especialmente na área penal.

A proposta de dobrar o número de ministros do STJ, dos atuais 33 para 66, foi feita em agosto pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele criticou a demora de até um ano para a apreciação de casos urgentes no STJ, como os habeas corpus usados para libertar pessoas presas injustamente.

Segundo a assessoria do STJ, o presidente do tribunal, Ari Pargendler, está ciente da sobrecarga de processos nos gabinetes. Para melhorar essa situação, irá apresentar propostas ao Legislativo e fará mudanças internas na Terceira Seção, setor responsável pelo julgamento de matérias penais. No entanto, o tribunal não quis adiantar quais as mudanças que serão adotadas.