O imbróglio entre a reitora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Célia Maria da Silva Oliveira e o chefe do departamento de História, Cezar Augusto Carneiro Benevides parece estar longe de terminar.

Ele divulgou que vai pedir o afastamento da professora da reitoria da instituição, foi rebatido pela assessoria de imprensa da UFMS de que não é possível que haja perseguição contra o professor, visto que eles (reitora e Benevides) não concorreram diretamente nas eleições. No meio do processo eleitoral em 2008, Benevides renunciou a disputa.

A informação é que o professor determinou a compra de uma coleção de livros da professora Nanci Leonzo, que também já foi coordenadora do curso. “Ocorre, que o professor Benevides era curador judicial da professora e fez a compra sem processo de licitação e também não pediu a dispensa da licitação, conforme prevê a Lei”, informou a assessoria de imprensa da UFMS.

De acordo com a assessoria, após a compra foi aberta uma sindicância e posteriormente aberto um processo administrativo que foi suspenso por mandado de segurança, por haver “testemunhas conflitantes”.

A reitora então requisitou a abertura de novo processo, por improbidade administrativa. Também foi aberto um processo pela Advocacia Geral da União (AGU) na 4ª Vara da Justiça Federal. Para a reitoria, Benevides está tentando mudar o foco da discussão.

O professor responde a processo por improbidade administrativa, revogação e anulação de ato administrativo (ou atos) no valor de R$ 53.900.

Para os alunos – que preferem não se manifestar e explanar apenas “percepções” o caso deve ser visto com ressalvas. “Nós acadêmicos vemos a atuação da reitora com ressalvas e alguns apontamentos, mas não estou sabendo de nada para tirar ela do cargo, ainda não há essa movimentação”, explicou um dos acadêmicos.

Segundo os acadêmicos que conversaram com a reportagem, foram somente conversas informais entre eles e que é preciso que o caso seja apurado. “Ou demonstradas provas mais contundentes, porém, com o final do semestre esse ano certamente ninguém vai fazer mais nada”, desconversam.

Para um dos acadêmicos, o posicionamento de Benevides é algo individual e que não foi discutido com os alunos.

A reportagem tentou entrar em contato com o professor Cezar Benevides do departamento do Curso de História da UFMS, mas até o fechamento da matéria não houve retorno. (Material editado às 8h30 de 3 de dezembro de 2010 para correção de informações, a pedido da assessoria da UFMS)

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