O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul recebeu denúncia contra Anderson de Souza Morena, o “Fuscão” e Willian Jhonny de Souza Ferreira acusados da morte de Mayana Duarte. Ela morreu em 14 de junho deste ano, num acidente causado pelos jovens que “disputavam um racha”.
Fuscão e Willian vão responder por homicídio doloso com duas qualificadoras e não por acidente, como eles alegavam.

Segundo informações da polícia, na ocasião do acidente, Mayana trafegava em seu veículo Celta, de cor preta, placas HSY 5724, pela Rua José Antônio, quando teve seu carro colhido pelo GM/Vectra, de placas CCY 1805, que era conduzido por Anderson de Souza Moreno, que trafegava pela Avenida Afonso Pena.

No dia do acidente, havia quatro testemunhas que afirmaram que Anderson trafegava em alta velocidade e estava disputando um racha com o condutor de um veículo Fiat Uno, de cor azul, de placas HRU 5334, identificado como Willian Jhonny de Souza Ferreira, quando no cruzamento com a Afonso Pena, o veículo Vectra desrespeitou a sinalização semafórica e colidiu com o carro de Mayana.

As investigações apontaram que antes do acidente, Willian e Anderson estavam em um bar na Afonso Pena e, de acordo com as comandas de consumo, os dois adquiriram sete garrafas de cerveja e três doses de tequila.

A denúncia foi recebida na última quinta-feira (25) pelo juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos. O magistrado determinou a citação deles para apresentarem defesa preliminar no prazo de 10 dias e já designou audiência para ouvir as 20 testemunhas de acusação para o dia 10 de fevereiro de 2011, com início previsto para as 8 horas e pode se estender até as 18 horas.

De acordo com informações do Tribunal de Justiça, as testemunhas de defesa e interrogatório dos acusados está previsto para ocorrer no dia 28 de fevereiro de 2011.

Outro envolvido, K.G.P.S. manteve o depoimento falso para beneficiar os indiciados pela morte da jovem e também responderá por falto testemunho. Entre várias diligências realizadas pela polícia, uma delas foi a de solicitar ao Juiz a quebra de dados armazenados no Google (Orkut) com o objetivo de comprovar se “Fuscão”, condutor do veículo, em conversa com outros amigos, era adepto a fazer racha, já que ele negou tal prática.