TJ diz a manifestantes que apura supeitas levantadas por Rigo

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) já está apurando as suspeitas de envolvimento de desembargadores no suposto esquema de partilha de dinheiro público delatado pelo deputado estadual Ary Rigo (PSDB), primeiro-secretário da Assembleia, em vídeo que circula na internet. A informação foi repassada pelo juiz e membro do TJMS, Marcelo Câmara Rasslan à comissão de sindicalistas e movimentos sociais que entregou documento pedindo apuração dos fatos e afastamento dos envolvidos.

Na gravação, Rigo afirma que eram repassados R$ 900 mil a desembargadores. No vídeo, ele cita o nome do desembargador Claudionor Duarte. O deputado envolveu ainda membros do MPE (Ministério Público Estadual) e o governador André Puccinelli (PMDB).

“O Marcelo Rasslan nos disse que o Tribunal já apura o caso desde que os vídeos se tornaram públicos”, explicou o presidente do CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) Marçal de Souza, Paulo Ângelo, após a reunião com o representante do TJMS.

O grupo de cerca de 200 manifestantes foi impedido de entrar no TJ pelos policiais da Cigcoe, a tropa de choque da PM, que fez uma barreira de na porta. Pouco antes de seguirem para o TJMS, os manifestantes já tinham protagonizado confronto contra estudantes universitários na frente da Assembleia Legislativa.

Os acadêmicos e os sindicalistas divergem sobre as denúncias de corrupção. Os sindicatos lavavam a frente da Assembleia, numa alusão à faxina da corrupção, quando começou a discussão acalorada entre as partes.

Houve troca de ofensas, xingamentos e agressões físicas mútuas. Quando a polícia chegou a situação já havia se acalmado. A chuva ajudou a dispersar os estudantes que deixaram o local. Ninguém foi preso.