Prefeita interina de Dourados vai à justiça para esticar mandato ”tampão” até 2012

Délia Razuk entrou com “ação cautelar inominada” pedindo que a Justiça proíba nova eleição para mesa diretora da Câmara Municipal; ela assumiu após prisão do prefeito e do vice da cidade

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Délia Razuk entrou com “ação cautelar inominada” pedindo que a Justiça proíba nova eleição para mesa diretora da Câmara Municipal; ela assumiu após prisão do prefeito e do vice da cidade

A prefeita interina de Dourados, vereadora Délia Razuk (PMDB) entrou com “ação cautelar inominada” para a manutenção da mesa diretora da Câmara Municipal eleita de forma extraordinária em 13 de setembro, após o ex-presidente Sidlei Alves (DEM) ser preso na Operação Uragano e renunciar ao cargo.

Délia Razuk, através desta ação, quer que a Justiça mantenha-a no cargo de presidente da Câmara por um período de dois anos. No entendimento geral dos vereadores o mandato de Délia como presidente termina em 31 de dezembro deste ano e seria apenas “tampão”. A eleição da nova mesa diretora deverá ser eleita até o dia 20 de dezembro.

Na ação a prefeita alega que no dia 4 de setembro o juiz diretor do Fórum, Eduardo Machado Rocha foi obrigada a assumir prefeitura interinamente já que a linha de sucessão havia sido quebrada com as prisões do prefeito, do vice-prefeito e do presidente da Câmara. Somente um mês depois quando Délia foi eleita presidente é que o juiz pode deixar o cargo e ser restabelecida a linha sucessória.

Délia alega na ação que ela foi a única dos doze vereadores que não estava indiciada na Operação Uragano e por isso foi eleita presidente da Câmara podendo ser empossada como prefeita interina em oito de outubro.

Recentemente Délia Razuk protocolou um documento na Câmara pedindo informações sobre o período de seu mandato na presidência do Poder Legislativo. No dia 26 de novembro a Câmara respondeu que o mandato de Délia iria apenas até o dia 31 de dezembro deste ano.

Com a ação o advogado de Délia quer um mandato de dois anos para ela na presidência da Câmara assim como foi para os ex-presidentes.

Em seu despacho o juiz João Mathias Filho, da sexta vara Cível não concedeu a liminar à prefeita Délia Razuk, mas determinou a promoção do “aditamento da petição inicial a fim de adequá-la a procedimento legal ou informar qual a ação principal a ser proposta em face do pedido cautelar”.

Prefeita quer que justiça impeça novas eleições na Câmara

Na ação proposta, Délia Razuk pediu que a justiça expedisse “ordem à Câmara Municipal impedindo-a de realizar novas eleições para a Mesa Diretora” e manter a vereadora no cargo de presidente do Poder Legislativo de Dourados. Ao mesmo tempo a defesa de Délia pediu ao juiz a manutenção de Délia Razuk no cargo de presidente da Câmara e de prefeita de Dourados “em face da situação política do município”.

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