A Polícia Federal soltou na noite desta segunda-feira os cinco aliados do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), que foram presos juntamente com ele por atrapalhar as investigações do mensalão do DEM. A informação foi confirmada pelo Complexo Pentienciário da Papuda, onde eles estavam presos desde o dia 12 de fevereiro. Arruda também deixou na tarde desta segunda-feira a Superintendência da Policia Federal.

Foram liberados: Rodrigo Arantes, sobrinho e assessor pessoal do ex-governador, o ex-secretário de Comunicações, Wellignton Moraes, o ex-diretor da CEB (Companhia Elétrica de Brasília) Haroaldo Brasil, o funcionário comissionado do Metrô, Antônio Bentoalém do suplente de deputado distrital Geraldo Naves.

Os cinco são acusados de participar da tentativa de suborno do jornalista Edson dos Santos, o Sombra, uma das principais testemunhas do esquema de arrecadação e pagamento de propina.

Já com a cara fechada e a barba por fazer, Arruda saiu da PF acompanhado da mulher, Flávia. Na entrada da PF, manifestantes e correligionários do ex-governador bateram boca. Houve um princípio de tumulto. Os apoiadores de Arruda cercaram o carro onde eles estavam, começaram a rezar e tentaram impedir a imprensa de fotografá-lo.

Arruda já está em sua casa. Ele recebeu a visita do ex-chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, acusado de ser o operador do mensalão.

Com a liberdade, Naves deve assumir uma vaga na Câmara Legislativa do Distrito Federal e participar da eleição indireta de sábado que vai escolher o sucessor de Arruda. Naves é suplente do ex-deputado Júnior Brunelli (PSC) que renunciou ao mandato para não responder a processo de cassação que foi aberto pelas denúncias do esquema de corrupção.

Por oito votos contra cinco, a Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu liberdade na tarde de hoje ao ex-governador. A maioria dos ministros entendeu que Arruda não oferece mais risco as investigações do esquema de corrupção. Esse entendimento foi sustentado pelo ministro Fernando Gonçalves, relator do caso.