Justiça penhorou a marca do Operário Futebol Clube para atender a uma causa trabalhista. Diretoria alega que nunca foi notificada sobre o processo.

A marca do Operário Futebol Clube, com 72 anos de história e um título nacional no currículo, vale R$ 12.167,57. Esse é o entendimento da justiça, que penhorou um dos únicos patrimônios que restaram ao Galo campo-grandense para atender ao ex-zagueiro Celso Elias Zottino, em uma causa trabalhista que tramita desde 1994.

A propriedade da marca Operário Futebol Clube foi transferida ao ex-jogador por uma quantia que fosse suficiente para cobrir o valor requerido. O procedimento do Tribunal Regional do Trabalho é denominado “carta de adjudicação” – ou seja, uma determinação para que o credor assuma todos os direitos de domínio e posse sobre o objeto.

Celso foi campeão brasileiro do Módulo Branco pelo Operário em 1987. O ex-atleta disse que não tem intenção de interferir na atual administração do clube. “Quero negociar a marca com investidores”, declarou.

A atual diretoria do clube reclama que em nenhum momento foi notificada sobre o andamento da ação. De fato, o endereço que consta no processo é o da avenida Bandeirantes – antiga sede do Operário. O juiz da 3ª Vara do Trabalho de Campo Grande chegou a publicar em julho um edital de notificação no Diário Oficial do TRT, mas sem obter o efeito esperado. Para a justiça trabalhista, o Operário Futebol Clube estava “em lugar incerto e não sabido”.