Luiz Afonso nega ter matado e carbonizado Eliane

A Justiça decretou a prisão temporária do empresário Luis Afonso dos Santos de Andrade,42. Ele foi transferido nesta tarde da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para a 4ª Delegacia nas Moreninhas. Andrade é suspeito de matar a arquiteta Eliane Aparecida Nogueira, de 39 anos. O corpo dela foi encontrado carbonizado nesta manhã dentro do veículo Pólo, de cor prata, no Tiradentes. O carro foi completamente destruído. O suspeito diz ser inocente.

“Eu perdi minha mulher, minha família, vou perder meu emprego e meu dinheiro. Perdi minha vida, e o pior é a presunção de eu a tenha matado, de que eu sou culpado”. Essa foi a declaração do empresário ao sair do Depac.

Luis Afonso nega ter matado Eliane, de quem estava separado há três dias e contou a polícia que esteve com Eliane em uma leilão de obras de arte e a deixou em casa por volta de uma da manhã.

Com um arranhão no rosto, o empresário confirmou à polícia que se desentendeu com a mulher após a festa. Segundo informações da polícia e de testemunhas, os dois tinham um relacionamento tumultuado e em março de 2009, Eliane já havia registrado um boletim de ocorrência contra o marido. Na ocasião, ele a teria agredido com um soco e quebrado o celular dela.

O empresário disse a reportagem do Midiamax que a arquiteta deixou um filho de 15 anos e ele tem um filho de 12 anos, ambos de casamentos anteriores.

“Os fatos serão esclarecidos. Não estou tranqüilo pois perdi minha mulher, mas acredito que os fatos serão esclarecidos”, afirmou sem alterar o tom da voz.

Segundo o delegado da Depac, Luis Ribeiro de Paula há várias contradições no depoimento do empresário e também os depoimentos colhidos do porteiro do prédio e de amigos da arquiteta desmentem a fala de Andrade.

“Ele contou em depoimento que deixou a empresária na residência dela por volta da uma da manhã. O porteiro disse que não, que não houve movimentação de carro nesse horário e que a vítima não esteve no prédio”, afirmou.

Um cupom de compra de combustível foi encontrado no local de serviço do empresário. “Ele negou ter abastecido o carro ou comprado gasolina, mas não explicou a origem do cupom no valor de R$ 50”, contou o delegado.

Eliane foi descrita pelos amigos que depuseram no Depac como uma mulher muito bonita e com vida comum. “A única questão que fugia do padrão era o fato dela ter muitas brigas com o Luis Afonso, que sentia muitos ciúmes da esposa”, explicou o delegado..

De acordo com ele, a indicação é para um crime passional. “Segundo os depoimentos, essa é a única motivação”.

A arquiteta foi encontrada morta carbonizada dentro do carro dela, um veículo Pólo de cor prata, por volta das 4 horas na Rua Manoel de Nóbrega, no bairro Tiradentes.