A Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou nesta terça-feira (24) o ex-governador Anthony Garotinho a dois anos e meio de prisão por formação de quadrilha, informou o Ministério Público Federal.

A pena de Garotinho foi convertida na prestação de serviços à comunidade e suspensão de direitos. Garotinho, que é candidato a deputado federal pelo PR, pode recorrer em liberdade.

De acordo com a sentença judicial, Garotinho fez parte, ao lado do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Álvaro Lins, e de outras oito pessoas, de uma quadrilha que usou a corporação para cometer crimes como corrupção e lavagem de bens.

Lins, que teve cassado mandato de deputado estadual, foi condenado a 28 anos de prisão por formação de quadrilha armada, corrupção passiva e lavagem de bens.

As demais penas aplicadas variam de dois anos a 11 anos de prisão, de acordo com o Ministério Público.

A sentença é um desdobramento da Operação Gladiador, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro de 2006 para investigar acusados de formação de quadrilha e contrabando de máquinas de caça-níqueis.

Em seu blog (http://www.blogdogarotinho.com.br), Garotinho rebateu a sentença, que classificou como “mais um capítulo da perseguição covarde dirigida não só a mim, mas a toda minha família”.

Garotinho governou o Rio de Janeiro entre 1998 e 2002 e também ocupou o cargo de secretário da Segurança Pública durante o mandato de sua mulher, Rosinha Matheus, à frente do Estado.

O ex-governador também disputou a Presidência da República em 2002, quando era então filiado ao PSB.