Uma verdadeira multidão se aglomerou na frente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul no começo de tarde desta quarta-feira (1). Cerca de 500 pessoas distribuídas em vários grupos organizados gritavam palavras de ordem e exibiam faixas até o início da audiência pública com o CNJ.

Uma verdadeira multidão se aglomerou na frente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul no começo de tarde desta quarta-feira (1). Cerca de 500 pessoas distribuídas em vários grupos organizados gritavam palavras de ordem e exibiam faixas enquanto aguardavam o início da audiência pública com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que lotou o plenário e várias salas do TJMS.

Há grupos ligados a diversos movimentos sociais, setores empresariais e até famílias que trazem reclamações para apresentar publicamente ao CNJ.

O efetivo policial presente no local acompanha de longe a movimentação e, neste momento, a população enfrenta dificuldades para entrar no TJ devido ao fato de haver apenas dois funcionários cuidando da entrada. Todos devem informar os dados pessoais e apresentar documentos.

Em entrevista coletiva, a corregedora-chefe do CNJ, ministra Eliana Calmon reafirmou que todas as denúncias serão apuradas pela equipe que está em MS para uma inspeção no TJ-MS. Ela informou que muitas informações já foram coletadas e que as denúncias sobre um suposto mensalão envolvendo o governador André Puccinelli, os deputados estaduais, membros do judiciário e até do MPE serão analisadas.

“Tudo será apurado. Caso irregularidades sejam encontradas, vamos encaminhar imediatamente as denúncias para instâncias competentes”, avisou. A ministra lembrou ainda que o CNJ não possui prerrogativas para investigar outros poderes.

O relatório final da inspeção deve ser apresentado em dois meses, segundo Calmon.