A audiência pública presidida pela corregedora-chefe do CNJ, ministra Eliana Calmon, que acontece no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul está com três auditórios lotados. Dois deles e o corredor principal estão com telões para que todos possam acompanhar.

A audiência começou as 13h, onde advogados e representantes de classe inscritos previamento têm direito a cinco minutos para fazr suas considerações sobre a Justiça no Mato Grosso do Sul. O desembargador e presidente da Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul (Amansul), Dorival Moreira dos Santos cobrou provas sobre denúncias envolvendo magistrados em escândalos. “Se houve corupção, que se aponte as provas, pois até agora veiculado na mídia ainda não foi provado”, disse.

Em entrevista coletiva, a ministra Eliana Calmon reafirmou que todas as denúncias serão apuradas pela equipe que está em MS para uma inspeção no TJ-MS. Ela informou que muitas informações já foram coletadas e que as denúncias sobre um suposto mensalão envolvendo o governador André Puccinelli, os deputados estaduais, membros do judiciário e até do MPE serão analisadas.

“Tudo será apurado. Caso irregularidades sejam encontradas, vamos encaminhar imediatamente as denúncias para instâncias competentes”, avisou. A ministra lembrou ainda que o CNJ não possui prerrogativas para investigar outros poderes. O relatório final da inspeção deve ser apresentado em dois meses, segundo a ministra.