Análise de 452 denúncias recebidas pela ouvidoria da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Consórcio Guaicurus no mês de julho aponta que o assunto campeão de queixas foi a má conservação ou falta de manutenção dos ônibus, representando mais de um terço das reclamações. O serviço prestado em Campo Grande é recorrentemente alvo de reclamação da população, que paga caro por veículos sucateados.
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As denúncias foram agrupadas em grandes eixos temáticos para identificar as principais denúncias. A análise identificou que quase 70% das denúncias envolvem má conservação (168), superlotação (79) e “outros” (67) – problemas diversos.
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Os usuários também apontaram a falta de ônibus como outro motivo de dor de cabeça, com 59 denúncias (13.1% do total). A lista também inclui atraso e problemas com pontualidade, descaso com os clientes, má gestão, problemas com motoristas, além de sugestões de melhorias.
A análise feita pelo presidente da CPI, vereador Dr. Lívio (União), indica que os problemas estruturais (conservação e falta de ônibus) dominam as queixas e são mais da metade das denúncias (50.3%). Os problemas operacionais – como superlotação, atraso e descaso – representam 29.6% das denúncias.
Regiões

A região sul de Campo Grande concentrou o maior número de reclamações, com 122 denúncias (27%). Em seguida, veio a região central com 73 queixas (16.2%), região Norte com 35 denúncias (7.7%) e região Sudoeste com 29 denúncias (6.4%). Outras 129 mensagens (28.5%) não informaram a localização.
O relatório evidencia a situação precária do serviço de transporte e lista cinco recomendações prioritárias:
- Investimento urgente em manutenção preventiva e corretiva da frota;
- Ampliação da frota para reduzir superlotação e falta de ônibus;
- Melhoria nos processos de gestão e controle de qualidade;
- Foco especial na Região Sul que concentra grande volume de denúncias;
- Implementação de sistema de monitoramento de pontualidade e qualidade do serviço.
Confira o ranking de queixas da CPI no mês de julho:
1º. Má Conservação/Manutenção
Quantidade: 168 denúncias
Percentual: 37.2% do total
Descrição: Problemas relacionados ao estado físico dos veículos, incluindo ônibus quebrados, com defeitos, sujos, deteriorados ou com necessidade de manutenção.
2º. Superlotação
Quantidade: 79 denúncias
Percentual: 17.5% do total
Descrição: Queixas sobre ônibus lotados, com excesso de passageiros, causando desconforto e dificuldades de locomoção.
3º. Outros
Quantidade: 67 denúncias
Percentual: 14.8% do total
Descrição: Problemas diversos que não se enquadram nas categorias principais, incluindo questões específicas e pontuais.
4º. Falta de Ônibus
Quantidade: 59 denúncias
Percentual: 13.1% do total
Descrição: Ausência de veículos nas linhas, ônibus que não passam nos horários previstos ou insuficiência de frota.
5º. Atraso/Pontualidade
Quantidade: 34 denúncias
Percentual: 7.5% do total
Descrição: Problemas relacionados ao cumprimento de horários, atrasos frequentes e falta de pontualidade no serviço.
6º. Descaso com Usuário
Quantidade: 21 denúncias
Percentual: 4.6% do total
Descrição: Queixas sobre má qualidade no atendimento, falta de respeito e desconsideração com os usuários do transporte público.
7º. Má Gestão
Quantidade: 10 denúncias
Percentual: 2.2% do total
Descrição: Problemas relacionados à administração e gestão do sistema de transporte público.
8º. Problemas com Motorista/Conduta
Quantidade: 5 denúncias
Percentual: 1.1% do total
Descrição: Queixas sobre comportamento inadequado de motoristas e condutores.
9º. Sugestões de Melhoria
Quantidade: 5 denúncias
Percentual: 1.1% do total
Descrição: Propostas e sugestões dos usuários para melhorar o sistema de transporte público.
10º. Não Especificado
Quantidade: 4 denúncias
Percentual: 0.9% do total
Descrição: Denúncias sem categoria definida ou informações insuficientes para classificação.
Relatório final em 15 de agosto
O recesso parlamentar na Câmara de Vereadores de Campo Grande vai começar em 16 de julho. Durante a pausa, não haverá audiências públicas, sessões ordinárias, extraordinárias e nem solenes. O recesso também pode afetar o andamento de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) em andamento ou em tramitação para a instauração.
A previsão de entrega do relatório final da CPI do Consórcio Guaicurus seria no dia 20 de julho, mas o recesso parlamentar deve interferir no calendário. Enquanto estão em recesso, os prazos são paralisados. Ou seja, a CPI pode entregar o relatório final em 15 agosto.
A pausa encerra-se em uma quinta-feira, em 31 de julho, dia de sessão ordinária. Contudo, a primeira sessão do segundo semestre será na terça-feira seguinte, em 5 de agosto.
Neste período, de 16 a 31 de julho, a Câmara de Vereadores estará aberta para trabalhos administrativos e nos gabinetes.
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