O deputado federal Dr. Luiz Ovando, do PL, manifestou-se nas redes sociais após a ação da Polícia Federal que atinge o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira, 18 de julho. Conforme o parlamentar, a acusação de que o ex-chefe de Estado seria financiador de atos que atingem a soberania nacional só pode ser aceita por pessoas com “transtorno cognitivo”.
“Eu quero dizer pra você que há uma acusação tendenciosa, falaciosa, de que Bolsonaro é o financiador que atinge a soberania nacional. Só alguém transtornado, do ponto de vista cognitivo, para poder aceitar esse tipo de situação. O que Bolsonaro tem defendido é exatamente a justiça, que as coisas sejam e caminhem por um processo judicial adequado”, afirmou em vídeo.
O ex-presidente da República foi submetido ao uso de tornozeleira, está impedido de acessar as redes sociais e não poderá manter contato com investigados no processo do 8 de janeiro, diplomatas, e com o filho Eduardo Bolsonaro, que está residindo nos Estados Unidos.
“O STF vai continuar comandando o país, infelizmente. A Câmara vilipendiada da sua estrutura existencial, porque representa o povo. E nós vamos continuar falando e acusando e mostrando que a justiça desse país só acontecerá verdadeiramente o dia que o Senado for resgatado e assumir o seu verdadeiro papel, lamentavelmente”, afirmou o parlamentar.
Alexandre de Moraes é recordista de pedidos de impeachment no Senado Federal. Contra ele, há cerca de 28 registros de parlamentares para que a Casa dê encaminhamento ao processo de investigação que pode cassar a magistratura do ministro na corte superior da Justiça brasileira.
O ministro voltou a ser alvo da ala bolsonarista na última semana, após o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, acusá-lo de extrapolar os limites democráticos na investigação que apura o papel de Jair Bolsonaro nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2022. Sob outros apontamentos, Trump impôs taxas ao Brasil que vão impactar a relação comercial e tem mobilizado forças diplomáticas para evitar que os produtos brasileiros sejam encarecidos em 50% ao entrar no país norte-americano.
Operação mira Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo, nesta sexta-feira (18), de uma operação da Polícia Federal determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
Bolsonaro terá de usar tornozeleira eletrônica e, segundo apurou o UOL, foi à superintendência da PF em Brasília com carro próprio, para colocar o dispositivo. A decisão também impõe restrições severas, incluindo:
- Proibição de contato com outros réus e investigados, como seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e atua como elo com o ex-presidente Donald Trump;
- Recolhimento domiciliar das 19h às 7h e nos fins de semana;
- Proibição de comunicação com embaixadores e diplomatas estrangeiros;
- Impedimento de acesso a redes sociais;
- Restrição de aproximação de embaixadas — em novembro de 2024, Bolsonaro afirmou que se sentia perseguido e cogitava pedir refúgio em embaixada caso houvesse ordem de prisão.
A operação foi autorizada após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências de Bolsonaro, em Brasília e no Rio de Janeiro, além da sede do PL.
As suspeitas são de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.
A defesa do ex-presidente divulgou nota dizendo que ele “recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas” e que “sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”. O partido ainda não se manifestou oficialmente.
Durante a ação, os agentes apreenderam cerca de US$ 14 mil na casa do ex-presidente, em Brasília. A investigação apura se o valor poderia ser utilizado em uma eventual tentativa de fuga.
As medidas fazem parte da PET nº 14129, em andamento no Supremo Tribunal Federal.
Sabe de algo que o público precisa saber? Fala pro Midiamax!
Se você está por dentro de alguma informação que acha importante o público saber, fale com jornalistas do Jornal Midiamax!
E você pode ficar tranquilo, porque nós garantimos total sigilo da fonte, conforme a Constituição Brasileira.
Fala Povo: O leitor pode falar direto no WhatsApp do Jornal Midiamax pelo número (67) 99207-4330. O canal de comunicação serve para os leitores falarem com os jornalistas. Se preferir, você também pode falar com o Jornal direto no Messenger do Facebook.
***