Uma senadora e quatro deputados de Mato Grosso do Sul assinaram o pedido de instauração da CPI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O pedido já passou de 200 assinaturas, desde que integrou senadores no requerimento.
Isso porque o grupo parlamentar de oposição protocolou a solicitação de investigação após operação que apontou desvio de R$ 6,3 bilhões.
Até 30 de abril, o pedido estava aberto para assinaturas dos deputados federais apenas. Assim, 185 parlamentares assinaram o documento.
De Mato Grosso do Sul, assinaram o pedido: Rodolfo Nogueira (PL), Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL) e Beto Pereira (PSDB).
Nesta segunda-feira (5), a senadora por MS, Tereza Cristina (PP), se juntou aos parlamentares favoráveis à investigação. Estima-se que pelo menos 29 senadores assinaram o pedido.
LEIA – Fraudes no INSS: Comissão de Transparência pode ouvir novo ministro da Previdência
Investigação sobre fraude no INSS
Autor da proposição, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), defende que a investigação aconteça sem o ministro Carlos Lupi na pasta de Previdência Social.
“Não dá para uma CPI investigar casos, muito deles políticos, com ministro fazendo seus acordos contra as investigações”, disse.
Operação em MS
As investigações da Operação ‘Sem Desconto’ identificaram que 72% das entidades não possuíam estruturas operacionais para prestar os serviços que ofereciam aos beneficiários do INSS. Além de não entregarem as documentações necessárias.
A operação, deflagrada na manhã de 23 de abril, visa combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS. Assim, nas investigações, iniciadas em 2023 pela CGU (Controladoria-Geral da União), 1.300 aposentados passaram por entrevista. Boa parte deles não sabia que havia descontos em suas folhas de pagamento.
“Mais de 90% deles não reconheciam ter autorizado esses descontos. Inclusive, alguns só ficaram sabendo que estavam sendo descontados durante a entrevista”, disse o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho.
Por fim, foram 211 mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão temporária – sendo três cumpridos e três alvos foragidos – nos estados de Mato Grosso do Sul, Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe, além do Distrito Federal.