Durante reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a secretária Municipal de Saúde de Campo Grande, Rosana Leite, discutiu a atual situação de emergência que a cidade enfrenta devido ao aumento de pacientes com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e solicitou verba de R$ 15 milhões para o combate.
Contudo, declarou que o ministro irá receber documentos e se comprometeu em ajudar com recursos financeiros e humanos. O montante destinado não foi informado.
“Expliquei tudo tecnicamente para ele sobre o que estava acontecendo e ele se mostrou preocupado”, disse.
Agora será enviada toda a documentação já separada e haverá conversa com a Secretaria de Vigilância. “Recebendo a documentação, ele disse que dará um retorno para nós”.
O montante de R$ 15 milhões seria para cobrir contas de emergência durante o decreto de três meses.

Decreto de emergência
A medida foi anunciada pela secretária da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Rosana Leite de Melo, durante coletiva, na manhã de sábado (26).
Com isso, a vacina contra a gripe foi liberada para toda a população campo-grandense no dia seguinte (27), já que a perspectiva é de que os casos continuem aumentando entre 4 a 6 semanas.
O decreto de emergência é por 90 dias diante do aumento de casos de síndrome respiratória e déficit de leitos na rede pública de saúde.
Durante o encontro, foi informado que nenhum hospital da rede privada dispõe ou tem capacidade de ampliar leitos para atender à demanda do SUS (Sistema Único de Saúde), especialmente para UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica.
Conforme Rosana Leite, a medida irá permitir que o Executivo adote estratégias operacionais para melhorar o atendimento à população.
Entre elas, está a possibilidade de transferir crianças do Pronto Atendimento Infantil, no bairro Tiradentes, para as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) Universitário ou Coronel Antonino. As duas unidades de saúde operam 24 horas e teriam estrutura para receber os pacientes.
Atualmente, a norma do Ministério da Saúde aponta que o paciente precisa ser transferido para um hospital depois de 24 horas de internação em uma unidade de saúde.
“Nós vamos fazer um trabalho conjunto. O Pronto Atendimento Infantil e essas duas UPAs para trabalhar como se fosse um conjunto. De repente, um paciente que vai para o Pronto de Atendimento, ele não está com uma situação tão grave, mas precisa ficar em observação dois ou três dias, ele vai para essa outra UPA, nós transferiremos, nós fazemos toda essa sistemática”, explica.