‘São tempos sombrios’. Essa é a avaliação do deputado estadual Antônio Vaz (Republicanos) sobre o voto divergente do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, ao do colega do Supremo, Alexandre de Moraes, que impôs medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Vaz avalia ser um grande exagero de Moraes as medidas impostas, como uso de tornozeleira pelo ex-presidente. “É notório que está havendo uma grande perseguição a Bolsonaro, isso ataca a liberdade de imprensa e de expressão de proibir uma pessoa dar entrevista, pior é colocar tornozeleira só por desconfiar que ele iria fugir do país, sem provas consistentes. É muito fraca essa narrativa”, detalhou.
Portanto, o parlamentar diz ainda que o Brasil vive ‘tempos sombrios’. “Com isso, quem acaba sofrendo é a população brasileira, não ter liberdade de expressão é ruim pra todos, hoje é Bolsonaro, amanhã é a imprensa”.
Sendo assim, Vaz finaliza dizendo ser ‘triste ver tantas injustiças’. “Isso tem que parar logo e mudar de rumo, as autoridades têm que parar de olhar para si e olhar para a nação com preocupação”.
Entenda
Último a se manifestar no julgamento, que ocorreu em plenário virtual até as 23h59 (horário de Brasília) de segunda-feira (21), Fux votou contra a manutenção das medidas, contrariando o entendimento já consolidado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, que acompanharam o relator.
Com maioria formada, o posicionamento de Fux não altera o resultado final do julgamento.
Em seu voto, o ministro argumentou que, neste momento, as medidas cautelares não se mostram necessárias e acabam por impor restrições excessivas a direitos fundamentais do ex-presidente, como a liberdade de locomoção, de expressão e de comunicação.
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