O deputado Rodolfo Nogueira, do PL de Mato Grosso do Sul, se manifestou nas redes sociais acerca da ação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (18), e enviou recado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. No recado, Nogueira acusa o magistrado de estar afrontando o presidente americano Donald Trump, após cartas do estadunidense confrontar o papel da Justiça brasileira, em especial a atuação de Moraes, na investigação que apura se Bolsonaro teve influência sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
“Ministro Alexandre Moraes, o senhor não está pensando no país nem na economia do Brasil. As suas decisões estão afrontando o presidente Trump e com certeza o histórico do presidente Trump não é de voltar das suas decisões e muito menos retrocede nas suas negociações”, avisou o parlamentar sul-mato-grossense.
Para Rodolfo, a ação da Polícia Federal na casa do ex-presidente do PL e no escritório do partido em Brasília estaria atendendo aos interesses do Partido dos Trabalhadores, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, solicitados no Supremo Tribunal Federal. Nogueira destaca no vídeo publicado nas redes sociais que a decisão de Moraes foi monocrática, ou seja, não envolveu os demais ministros da corte.
“Mais uma perseguição implacável”, definiu o deputado bolsonarista, que na legenda da postagem acusou o Senado Federal de estar permitindo a Alexandre de Moraes “peitar” o presidente Donald Trump. A menção aos senadores se dá em razão dos pedidos de impeachment do ministro, que acumula cerca de 28 registros, liderando no Congresso a ostensiva parlamentar para remoção do STF.
Operação mira Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo, nesta sexta-feira (18), de uma operação da Polícia Federal determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
Bolsonaro terá que usar tornozeleira eletrônica e, segundo apurou o UOL, foi à superintendência da PF em Brasília com carro próprio para colocar o dispositivo. A decisão também impõe restrições severas, incluindo:
- Proibição de contato com outros réus e investigados, como seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e atua como elo com o ex-presidente Donald Trump;
- Recolhimento domiciliar das 19h às 7h e nos finais de semana;
- Proibição de comunicação com embaixadores e diplomatas estrangeiros;
- Impedimento de acesso a redes sociais;
- Restrição de aproximação de embaixadas — em novembro de 2024, Bolsonaro afirmou que se sentia perseguido e cogitava pedir refúgio em embaixada caso houvesse ordem de prisão.
A operação foi autorizada após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências de Bolsonaro, em Brasília e no Rio de Janeiro, além da sede do PL.
As suspeitas são de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.
A defesa do ex-presidente divulgou nota dizendo que ele “recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas” e que “sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”. O partido ainda não se manifestou oficialmente.
Durante a ação, os agentes apreenderam cerca de US$ 14 mil na casa do ex-presidente, em Brasília. A investigação apura se o valor poderia ser utilizado em uma eventual tentativa de fuga.
As medidas fazem parte da PET nº 14129 em andamento no Supremo Tribunal Federal.
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