O requerimento para a abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Santa Casa de Campo Grande foi oficialmente entregue à Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, na sessão desta terça-feira (10). O documento apresentado pelo vereador Rafael Tavares (PL) conta com o apoio de outros 13 colegas para que o maior hospital de Mato Grosso seja alvo de uma investigação.
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A principal alegação é a falta de transparência da entidade filantrópica, que afirma operar com um déficit de R$ 13 milhões mensais nos atendimentos via SUS (Sistema Único de Saúde).
Entre os objetivos da CPI, estão a apuração de irregularidades, problemas administrativos e financeiros, além da proposição de soluções.
Após a entrega do documento, a Procuradoria da Câmara de Vereadores terá um prazo para fazer a análise jurídica do fato determinado e das justificativas.
Os vereadores que assinaram o requerimento para a abertura da CPI da Santa Casa foram Leinha (Avante), Wilson (Avante), Ana Portela (PL), André Salineiro (PL), Jean Ferreira (PT), Júnior Coringa (MDB), Maicon Nogueira (PP), Marquinhos Trad (PSD), Professor Juari (PSDB), Fábio Rocha (União Progressista), Neto Santos (Republicanos), Flávio Cabo Almi (PSDB), Dr. Lívio (União Progressista) e Rafael Tavares (PL).
Morte de criança aumenta pressão
A pressão pela abertura da CPI se intensificou após a morte da menina Sophie Emanuelle Viana Rochete, de 5 anos, internada por três dias na Santa Casa, após um acidente doméstico. A família denuncia negligência no atendimento.
O episódio escancarou a crise enfrentada pelo hospital, que, desde março, opera em superlotação, suspensão de atendimentos e com falta grave de insumos.
Familiares de Sophie estiveram na Câmara de Vereadores para pedir apoio para que a morte da menina, em 29 de maio, seja investigada.
Dados oficiais apontam que Campo Grande possui 3.120 leitos hospitalares, mas apenas 58% são destinados ao SUS. Na Pediatria, o cenário é ainda mais alarmante: são apenas 111 leitos pediátricos para atender mais de 85 mil crianças de até seis anos — ou seja, 1 leito para cada 766 crianças.
Mesmo entre os adultos, os números estão abaixo do ideal. Segundo a OMS, o recomendado é de 3 a 5 leitos por mil habitantes, mas Campo Grande está longe desse índice.
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