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Política

Projeto quer liberar arma de choque e spray de pimenta para mulheres se defenderem em Campo Grande

Compra destes itens precisa de autorização do Exército
Thalya Godoy -
Spray de pimenta tem venda restrita no país, mas está disponível para compra na internet. (Reprodução)

Projeto de lei apresentado na Câmara de Vereadores de quer permitir que mulheres possam comprar e portar armas de eletrochoque (de incapacitação neuromuscular) e spray de pimenta (de extratos vegetais) para defesa pessoal. O texto do PL nº 11.619/2025 prevê que as interessadas devem passar por curso de orientação obrigatório, avaliação psicológica e obter o “Certificado de Registro de Posse e Porte de Arma de Incapacitação Neuromuscular”. 

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A arma de eletrochoque e o spray de pimenta atualmente são produtos controlados pelo Exército. A autorização para a utilização pelo público é feita mediante CR (Certificado de Registro) pelo Comando do Exército.

Apesar da restrição, o spray de pimenta está disponível para compra pela internet a partir de R$ 50, com legendas que falam de defesa pessoal para mulheres. 

Projeto em Campo Grande

O “Programa de promoção da defesa pessoal e autoproteção responsáveis para as mulheres” prevê aulas práticas com técnicas de defesa pessoal e orientações sobre o uso responsável de instrumentos não letais. A proposta é de autoria do vereador André Salineiro (PL). 

No caso de adolescentes acima de 16 anos, será necessária a autorização do responsável legal para fazer o uso do spray. 

No texto, consta que o objetivo do programa é “capacitar as mulheres, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade ou que tenham sido vítimas de , para a defesa pessoal e autoproteção responsáveis, e garantir que elas possam ter acesso seguro a instrumentos não letais de legítima defesa”. 

Na Federais, tramita desde 2019 um projeto parecido sobre o tema. Contudo, o PL 161/2019 está parado há quase quatro anos, desde 2021, aguardando a designação de relator na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania).

Aprovação com ressalvas

A Procuradoria da Mulher da Casa de Leis, presidida pela vereadora Luiza Ribeiro (PT), manifestou-se pela aprovação com ressalvas do projeto de lei. A justificativa é de que seria “controverso” pensar que o caminho para a segurança seria alcançado franqueando uso de armas não letais em vez da responsabilização do Estado. 

Além disso, a Procuradoria acompanhou o entendimento da Procuradoria Jurídica da Câmara de Vereadores e apontou que o texto afeta competência concorrente da União e Estados, “de modo que restaram prejudicados os artigos 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º do Projeto em análise”.

“As atividades de capacitação para defesa pessoal são importantes e necessárias, desde que acompanhadas de ações elucidativas sobre o ciclo de violência e rede de apoio, a fim de que estas mulheres se sintam seguras e apoiadas para romper o ciclo de violência ou até mesmo evitá-lo o mais prematuramente possível”, ponderou. 

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