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Política

‘Projeto de vingança’: vereadores criticam prisão de Bolsonaro após semana de mobilizações

Ao longo dos últimos 15 dias, Ana Portela e Rafael Tavares mobilizaram buzinaços e adesivaços em protesto a Moraes e Lula
Vinicios Araujo -
Rafael Tavares e Ana Portela, correligionários do PL. (Foto: Divulgação)

Os vereadores Rafael Tavares e Ana Portela, ambos do PL, criticaram o ato do ministro que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair (PL). Eles lideraram mobilizações ao longo da semana que antecedeu a manifestação nacional do domingo, 3 de agosto, em que Bolsonaro teria se implicado em descumprimento de medidas cautelares.

“Uma prisão totalmente arbitrária, o que a gente vê hoje no Brasil é um projeto de vingança, do ministro Alexandre “, disse Ana Portela. A parlamentar é filha do presidente estadual do Partido Liberal, Tenente Portela, amigo pessoal de Bolsonaro.

Já o vereador Rafael Tavares considerou abusivos os argumentos para progressão das restrições ao ex-presidente, que já estava implicado em uso de tornozeleira e impedido de acesso às redes sociais.

“Ele não foi na manifestação e, por causa de um vídeo postado pelo filho dele e por outros deputados, o Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar dele”, disse Tavares.

Ao longo dos últimos 15 dias, Ana Portela e Rafael mobilizaram buzinaços e adesivaços em protesto ao ministro Alexandre de Moraes e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na semana passada, quando o presidente Donald Trump impôs sanções ao magistrado por meio da Lei Magnitsky Global, Tavares liderou ‘churrasco’ em canteiro na Afonso Pena com apoiadores do ex-presidente Bolsonaro.

Ex-presidente preso

Jair Bolsonaro (PL) teve as medidas restritivas progredidas em prisão domiciliar na tarde desta segunda-feira (4). A decisão do ministro Alexandre de Moraes ocorre após o político descumprir as medidas cautelares impostas depois da operação da Polícia Federal em 18 de julho, como a proibição de uso de redes sociais para incentivar ataques à Suprema Corte.

Entre as medidas implicadas ao ex-presidente, está o uso de tornozeleira eletrônica; proibição de visitas (exceto por familiares próximos e advogados); e recolhimento de todos os celulares disponíveis no local.

De acordo com Moraes, a prisão domiciliar foi motivada por participação remota de Bolsonaro em manifestações no domingo (3), por meio de videochamada com os filhos e com o deputado federal por Minas Gerais Nikolas Ferreira (PL).

Segundo o magistrado, “o réu se dirigiu aos manifestantes reunidos em Copacabana, no Rio de Janeiro, produzindo, dolosa e conscientemente, material pré-fabricado para seus partidários continuarem a tentar coagir o Supremo tribunal Federal”.

Fez chamada com manifestantes em Dourados

O ex-presidente também participou do ato pró-anistia realizado em Dourados, por telefone. Em uma videochamada feita pelo deputado federal por Mato Grosso do Sul Rodolfo Nogueira (PL), Bolsonaro viu seus apoiadores por vídeo, ao vivo.

No município, o ato reuniu eleitores na principal via do município, a Avenida Marcelino Pires. Informações levantadas pelo Jornal Midiamax apontam que veículos e manifestantes ocuparam mais de 15 quadras da via em deslocamento na carreata.

Na decisão que determinou a progressão das restrições ao ex-presidente, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a “Justiça é cega, mas não é tola”.

“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Bolsonaro, pois o réu produziu material para publicação nas redes sociais de seus três filhos e de todos os seus seguidores e apoiadores políticos, com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e apoio, ostensivo, à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”, afirmou Moraes em decisão.

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