Programa de ações para o Pantanal deve atender 34 municípios em MS

Governo de MS trabalha na elaboração do programa para atuação em diversas áreas do bioma

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Primeira reunião para elaboração do projeto. (Bruno Rezende, Gov MS)

O Pantanal de Mato Grosso do Sul terá programa de proteção com ações em diversas áreas do bioma. O Governo de Mato Grosso do Sul prevê atuação em 34 municípios do Estado. A elaboração do programa começou nesta quarta-feira (22) com a primeira reunião oficial do projeto.

O encontro apresentou os critérios a serem contemplados. Entre as áreas com ações previstas, estão: educação, saúde, assistência social e segurança pública. O Governo de MS apontou que o trabalho deve atender a população pantaneira que vive em 12 municípios da planície e também em outros 22 municípios que fazem parte da Bacia do Paraguai.

Contudo, destacou que a atuação transversal já ocorre por parte do Estado. Assim, o programa deve intensificar as ações na região.

Participaram da reunião os secretários Rodrigo Perez (Segov) e Maurício Simões (SES), além do subcomandante-geral do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar) Adriano Rampazo, e representantes da Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística), SED (Secretaria de Estado de Educação), Imasul (Instituto de Meio Ambiente).

Investimento estruturante

O secretário-adjunto da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Artur Falcette, lembrou que o Pantanal teve ampla discussão a partir da Lei do Pantanal. “A legislação e o seu processo de regulamentação, a conexão com a temática dos incêndios, e com isso pensar no Pantanal como a região que tem o menor IDH do nosso Estado”, disse.

Para o adjunto, o programa trata de investimento estruturante para o Pantanal. “Contempla as questões relativas à conservação, e de atendimento à população, de desenvolvimento das atividades econômicas que são possíveis dentro do bioma”, apontou.

Além disso, ressaltou a atuação em diversas áreas. “A gente precisa olhar sobre uma perspectiva de conservação, e como a gente traz os indivíduos que estão estabelecidos ali, sem isolar eles e garante que tenham acesso a serviços básicos que nós temos no resto do Estado, e possam querer ficar naquele território”, afirmou.

Falcette disse que “a presença humana e do Estado são fundamentais para o desenvolvimento do território, e para a manutenção dos níveis de conservação que a gente tem hoje lá”.

Suporte técnico do programa

O suporte técnico ficará nas mãos do Instituto Taquari Vivo “A proposta será elaborada pelas equipes do Governo do Estado, a gente faz a coordenação e organização, e coloca num formato que os órgãos de financiamento exigem”, explicou o diretor-executivo do Instituto, Renato Roscoe.

Assim, apontou que o “objetivo principal é ter uma plataforma de desenvolvimento para o Pantanal, onde as políticas públicas e os investimentos sejam direcionados e articulados”.

Já o coronel Adriano Rampazo lembrou do cenário enfrentado de 2024, com diversos focos de incêndio no Pantanal de MS. “Nós sabíamos desde o começo que seria um ano atípico e nos preparamos para isso e a grande inovação foram as bases avançadas. Foi muito difícil, mas foi a grande diferença para a temporada de 2024”, relatou.

No entanto, afirmou que “saímos vitoriosos com certeza, porque as previsões eram bem piores que 2020”. Por isso, acredita que devam “melhorar ainda mais a nossa logística com as bases avançadas, além da questão da segurança dos nossos militares. Tudo já está sendo planejado para este ano”, adiantou o coronel.

Conforme o Governo de MS, em 2024, um dos principais trabalhos desenvolvidos na região do Pantanal sul-mato-grossense envolveu as ações de combate aos incêndios florestais, realizado pelo Corpo de Bombeiros – e outros parceiros. “A atuação com planejamento logístico eficiente, garantiu a efetividade do trabalho realizado durante todo o ano e a proteção do bioma”, pontuou.

STF marca audiência

O STF (Supremo Tribunal Federal) convocou audiência para tratar sobre planos de combate a incêndios no Pantanal e na Amazônia. A reunião deve contar com representantes da União e estados que possuem os biomas, entre eles Mato Grosso do Sul.

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